Rodrigues é suspeito de ter assassinado a ex- namorada Suênia Souza Farias, de 24 anos, na última sexta-feira (30). Ele era professor de Suênia em uma faculdade de direito de Brasília e teria cometido o crime por ciúmes. Rodrigues está detido em prisão preventiva desde sábado (1) e, segundo a polícia, confessou o crime.
De acordo com o presidente do Tribunal de Ética da OAB-DF, Claudismar Zupiroli, Rodrigues deve ser notificado pessoalmente ainda nesta semana. A partir da notificação, ele terá um prazo de 15 dias para apresentar defesa.
“O processo tem o objetivo de analisar a conduta moral dele e, se for condenado, ele pode ter suspenso o direito de exercer a advocacia. Ele também pode ser condenado por inidoneidade moral e ser expulso dos quadros da ordem, mas para que isso ocorra é necessário que antes ele seja condenado na esfera criminal”, explicou Zupiroli ao G1.
O presidente do Tribunal de Ética afirmou ainda que, normalmente, a OAB instaura processo por conduta antiética ou ocorrência disciplinar, mas, diante da repercussão negativa do caso, resolveu abrir um processo que deve tramitar mais rapidamente.
“Diante da exposição dos advogados pela conduta por ele passada há a possibilidade de um processo mais célere, e foi o que foi feito”, afirmou.
Polícia encerrou investigações
O delegado da 27ª Delegacia de Polícia do Recanto das Emas, Alexandre Dias Nogueira, afirmou nesta segunda que encerrou as investigações sobre a morte de Suênia. “Já colhemos todos os depoimentos e agora só falta organizar documentos e anexar o laudo pericial”, disse Nogueira, que deve enviar o inquérito para a Justiça nos próximos dez dias.
Ele afirmou ainda que Rodrigues será indiciado por homicídio duplamente qualificado, podendo pegar até 30 anos de prisão. “Acredito que ele irá pegar pena máxima, mas isso só será decidido no Judiciário.”
Segundo o delegado, apenas quatro pessoas foram interrogadas: o acusado de matar Suênia , o marido dela, uma amiga que foi última pessoa a vê-la com vida na faculdade e o policial que estava na delegacia no momento em que o suspeito se entregou. Rodrigues teria confessado o crime, de acordo com a polícia.
Com base nas afirmações de familiares de que Suênia já vinha sendo ameaçada, o delegado Nogueira buscou nos registros da polícia alguma ocorrência registrada pela estudante, mas ele afirma que a estudante não registrou queixa na polícia.
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