A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) suspendeu temporariamente a abertura de novas vagas para acadêmicos estrangeiros. A decisão foi tomada após a repercussão do assassinato do ex-estudante africano Toni Bernardo da Silva, 27 anos. Ele morreu no dia 23 de setembro durante uma briga com três homens dentro de uma pizzaria, em Cuiabá.
A informação foi repassada pelo Assessor de Relações Internacionais da UFMT, Paulo Teixeira, que prestou esclarecimentos nesta segunda-feira (10) na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa (AL). Na UFMT, estudam atualmente 13 estudantes estrangeiros - 12 africanos e um haitiano - por meio do Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G), que oferece oportunidade para estudantes de outros países estudarem no Brasil.
Na ocasião, Teixeira lembrou que o africano já não estava estudando na instituição. Ele salientou também que o estudante africano foi expulso por excesso de faltas e notas baixas. O estudante foi desligado em fevereiro. Em março, as informações sobre a situação dele foram enviadas para o Ministério da Educação (MEC), Polícia Federal e Itamaraty.
Denúncia criminal
O Ministério Público (MP) denunciou criminalmente os dois policiais militares e o empresário apontados como suspeitos de colaborar para a morte do africano. No entanto, o MP concluiu que, diferente do que constatou o inquérito policial, os suspeitos não cometeram homicídio qualificado por motivo fútil, mas apenas lesão corporal seguida de morte. A Corregedoria da PM ainda não divulgou o resultado da investigação contra os policiais envolvidos no caso.
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