A Defesa Civil pretende realizar vistoria duas vezes ao ano para melhor controle da área, por meio da parceria da Agência de Habitação, Meio Ambiente e UFMT.
Erosão avança nas margens do Rio Cuiabá e pode “tragar” avenida
O número de áreas com erosão às margens do Rio Cuiabá é alarmante. O avanço coloca em risco a extensão da Alameda Júlio Müller, em Várzea Grande. A via paralela ao rio – conhecida como Estrada do Engordador - corre o risco de ser “tragada” pelo processo erosivo, já que contribui diretamente para o desmoronamento das margens, sobretudo no período chuvoso.
“O processo de erosão da margem de Várzea Grande está avançada e comprometendo o Rio, temos que fazer a reconstituição da margem” – revela coordenador da Defesa Civil, Juliano Lemes.
Os efeitos são visíveis e preocupantes. Em julho, um processo erosivo destruiu parte da calçada da Avenida Alameda, e derrubou a mureta de proteção próxima à ponte Júlio Muller. O desbarrancamento foi atribuído a uma obra de aterro mal feita, realizada há cerca de 10 anos no entorno do rio
O desmatamento é outro fator que contribui para essa situação de risco, com a retirada da mata nativa vegetativa peculiar de preservação da margem. Isso acontece porque a comunidade, pesqueiros, pescadores e donos de clubes que estão localizados nestes locais fazem remoção da mata para abertura de canais de acesso ao Rio, com isso destroem toda vegetação da margem. Na oportunidade, foi verificado que a margem pertencente a capital está bem preservada.
Nesta terça-feira, o órgão realizou uma vistoria “in loco” nas margens do rio e fez um mapeamento de aproximadamente quatro quilômetros no trecho da Ponte Sérgio Motta até regiões do Carrapicho e Engordador. A ação contou com a parceria do 2° Batalhão do Corpo de Bombeiros do município.
O coordenador municipal de Defesa Civil orienta a população que mora às margens do rio como quem reside próximo a encostas deve redobrar os cuidados de preservação do Meio Ambiente. “Para melhoramento na aparência da margem degradada, deve-se fazer um trabalho de revitalização da área, e realizar fiscalização eficaz e preventiva que inibirá e coibirá as ações de degradação. A degradação agride a qualidade de vida dos cidadãos. A comunidade ribeirinha precisa-se conscientizar sobre preservação ecológica e respeitar o Meio Ambiente” - adverte ele.
Conforme monitoramento da Defesa Civil a situação mais critica do trajeto é a região do Carrapicho. Neste ponto estão localizados muitos clubes e chácaras. Nas margens, foi diagnosticado muito lixo doméstico descartado nos locais, como sacolas plásticas, garrafas pets originada do consumo de alimentos na beira do Rio na hora da pescaria. As canoas de pesca, as vezes congestionadas em certos percursos, fazem parte do cenário do Rio.
“O que mais me surpreendeu nesta inspeção foi o avanço no processo de erosão, que possui uma necessidade urgente de reflorestamento da margem para reverter o procedimento. E, as cinco casas encontradas construídas na beira do rio” – disse.
O coordenador da Defesa Civil informou que a Prefeitura de Várzea Grande vai mobilizar uma equipe para fazer cadastramento e o monitoramento destas famílias que se concentram nas áreas de risco, para fazer remoção das famílias deste local,. “Após a desocupação, faremos a demolição dos imóveis” - assinala Juliano.
Para quem reside próximo a encostas do Rio, a Defesa Civil recomenda atenção máxima a rachaduras no solo, inclinação de árvores, cercas e muros. Se observar alguns desses sinais, o morador deve acionar a Defesa Civil do município.
Se necessitar de ajuda, a população deve ligar para 193, o número do Corpo de Bombeiros. O Bombeiro é quem tem condições de oferecer o atendimento mais rápido e ágil, e também saberá tomar as providências necessárias, como contatar a Defesa Civil.
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