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Cidades
Quarta - 30 de Novembro de 2011 às 15:43
Por: ALEXANDRE ROLIM

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A Casa do Adolescente de Tangará da Serra atende atualmente 10 adolescentes em conflito com a lei – cinco deles têm a chance de retornar ao convívio familiar. Além dos dez, outros três já estão com a família em período de readaptação, que é acompanhado de perto por representantes da instituição. Nos últimos 15 meses, a Casa já acompanhou e reintegrou mais de 50 adolescentes.

Acontece hoje pela manhã, a partir das 8 horas, uma série de audiências envolvendo familiares e representantes do Ministério Público, da Defensoria Pública, do Conselho Tutelar, Creas, secretarias de Saúde e Educação e das coordenadorias das instituições, além da Vara da Infância e da Juventude, representada pelo juiz André Maurício Lopes Prioli.

Ontem, as audiências ocorreram na Casa da Criança. O objetivo é simples: analisar se o adolescente ou a criança tem condições de retornar à sua família (pais, avós, tios) e se os familiares tem interesse e também condições de receber o filho de volta. Caso o juiz entenda que isso não seja possível é autorizada à destituição do poder familiar e a criança ou adolescente será encaminhado para a adoção.

Para a coordenadora da Casa do Adolescente, Marilene da Luz Oliveira, as audiências possuem singular importância para o cumprimento do estabelecido no Plano Nacional do Direito a Convivência Familiar e Comunitária. “A partir daí que a rede vai passar a funcionar, cada órgão, cada entidade cumprindo a sua função e todos falando a mesma língua”, disse.

Ela explica que a partir desta integração, onde todos sentam e analisam juntos os casos, fica mais fácil de reintegrar a criança ou o adolescente a sociedade e ao convívio familiar. “O papel do abrigo é de excepcionalidade e provisoriedade. As vezes a sociedade não entende isso, pensa que o adolescente deve ficar internado até os 18 anos, mas nosso trabalho é com o intuito de devolvê-lo a família e a sociedade, reintegrá-lo”, relatou.

“O mais importante para eles [adolescentes] é a família. Na maioria das vezes os conflitos são por falta de diálogo. Nós fazemos esse trabalho, de dialogar, de conversar e chamar a família para a responsabilidade”, disse, frisando que a união de poderes constituídos fortalece essa meta e facilita para a criança e o adolescente o retorno à vida comum.  
 





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