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Cidades
Terça - 05 de Novembro de 2013 às 20:40

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Trabalhadores da rede municipal de ensino de 4 municípios de Mato Grosso permanecem em greve por tempo indeterminado. Em Guarantã do Norte, Nova Monte Verde, Rosário Oeste e Várzea Grande, os educadores lutam por mais valorização profissional , promovendo atos públicos e enfrentando ações arbitrárias dos gestores públicos.

Na segunda maior cidade do Estado, os profissionais da educação aguardam o documento do governo para levar à assembleia geral, marcada para amanhã (6) no Centro de Educação de Jovens e Adultos Licínio Monteiro, às 8h. Na tarde desta terça-feira (5) os representantes do sindicato se reuniram com o prefeito, secretários de governo e educação e cobraram por meio de ofício as propostas que foram feitas à categoria.

O presidente da subsede Gilmar Soares conta que o documento é necessário para que a categoria avalie em assembleia geral o posicionamento do governo frente à pauta de reivindicações. Na audiência o governo municipal afirmou que encaminhará um estudo

para regularizar a situação dos servidores que precisam ser reenquadradas da carreira. Neste item o sindicato pontuou a necessidade da aplicação do piso salarial.
O prefeito e os secretários ainda prometeram enviar até o dia 30 de novembro o Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) para o Legislativo. A exigência dos trabalhadores é que o projeto de lei seja aprovado este ano e passe a ser aplicado no próximo ano.
"Nos pontos que estão pautados para a suspensão da greve, a revisão da lei de gestão Nós temos reivindicado que não abrimos mão. Queremos incluir os funcionários no processo de eleição", diz Gilmar.

Paralisação no interior

Em Guarantã do Norte (715 km ao norte da Capital) os 460 profissionais da rede municipal enfrentam o posicionamento do prefeito em levar o movimento sindical à Justiça. Hoje a subsede foi notificada da liminar da Justiça determinando o retorno imediato às atividades, diz a presidente da subsede do Sintep Paula Regina Moraes Martins.

Na decisão judicial foi proposto ato conciliatório na sexta-feira (8), às 14h. Na próxima assembleia geral, que será realizada amanhã na praça da Cultura no Centro da cidade, Paula diz que o novo cenário da greve será discutido. A adesão à greve dos trabalhadores alcança quase 100% nas 14 escolas da rede desde o dia 30 de outubro, quando a paralisação iniciou. A categoria reivindica a recomposição salarial de 7% pelas perdas inflacionárias dos últimos 8 anos.

Desde o dia 1º de novembro, quando os educadores de Nova Monte Verde (968 km ao norte da Capital) iniciaram a greve, não houve negociação com o governo municipal. De acordo com o presidente da subsede Elcio Leandro amanhã (6) será realizada uma passeata, às 17h30, no Centro da cidade com o objetivo de chamar a atenção da comunidade sobre a pauta de reivindicações. Os manifestantes sairão da praça da Bíblica, descendo a avenida Mato Grosso e encerrando o ato na avenida Rondonópolis.
Na sexta-feira (8) está marcada uma assembleia geral, às 15h, na Escola Municipal Roberto José Ferreira para deliberar o calendário de mobilização. Oitenta por cento dos trabalhadores estão paralisados. A rede tem 18 escolas municipais e 537 educadores.

A subsede do Sintep de Rosário Oeste  (128 km a Oeste da Capital) está enfrentando na Justiça as ações praticadas pelo prefeito. No dia 31 a Prefeitura promoveu o corte de ponto e em seguida o Sintep recorreu da decisão. A presidente Miriam Botelho diz que a categoria irá aguardar no movimento de greve o posicionamento da Justiça.

Mesmo antes da data do pagamento os servidores já haviam decidido que não retornariam às atividades com o corte do ponto.
Os educares cobram a aplicação do piso salarial de R$ 1.567 para os professores e funcionários profissionalizados e a aplicação dos 75% para os não profissionalizados; a adequação da folha de pessoal à receita da educação; apresentação de cronograma para a reforma e adequações na rede física; apresentação de medidas concretas para resolver problemas com transporte escolar, merenda, aquisição de materiais didáticos e equipamentos das escolas; garantia de transparência na aplicação dos recursos da educação.

Retorno da greve
Na sexta-feira (1) os trabalhadores da rede municipal de Barra do Garças (509 km a leste da Capital) decidiram retornar às atividades, após o prefeito cortar o ponto dos servidores. Em assembleia geral a categoria programou o reinício do trabalho na segunda-feira (4), depois de 3 meses de paralisação. A categoria reivindicava o piso salarial nacional e ainda não conquistou esta valorização.
 






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