As cooperativas de Mato Grosso lideraram as exportações de produtos no primeiro trimestre de 2012 na região Centro-Oeste. Juntas, elas comercializaram US$ 62 milhões, aumento de 108,5% em relação a 2011, quando os embarques atingiram mais de US$ 30 milhões. Os dados foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).
De acordo com o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras em Mato Grosso (OCB/Sescoop-MT), Onofre Cezário de Souza Filho, o aumento nas vendas entre janeiro e março deste ano já era esperado. O algodão foi o que mais contribuiu para a alta nos negócios.
"O grande herói desse aumento foi o algodão. O aumento da área plantada nas últimas safras agora tem seu reflexo nas exportações. Em 2011 as vendas do produto correspondiam a 10% do total do estado. Hoje esse percentual é de 57%, ou seja, mais da metade", observou Onofre, ao G1.
Mato Grosso do Sul aparece na segunda posição do ranking que avaliou o resultado das exportações das cooperativas regionalmente. Enviou ao exterior o equivalente a US$ 31 milhões em produtos, enquanto em 2011 foram US$ 6,5 milhões, incremento de 389,19% em um ano. Em termos percentuais, foi este estado que registrou a maior evolução nos embarques efetuados pelas cooperativas.
De acordo com o Ministério, já em Goiás os negócios realizados pelas cooperativas gerou cifras na ordem de US$ 8,9 milhões nos três primeiros meses do ano. A unidade federada foi a única a apresentar resultado negativo com a venda para o mercado externo. Entre janeiro e março de 2011 o segmento havia exportado mais de US$ 16 milhões, recuo de 46,73%.
Brasil
Com exceção de Goiás, o resultado positivo nas exportações pelas cooperativas de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul acompanhou o cenário nacional que neste primeiro trimestre do ano registrou alta de 6,51% nos embarques, no comparativo com 2011. Entre um ciclo e outro, os negócios passaram de US$ 1,214 bilhão a US$ 1,293 bilhão.
De acordo com o Ministério, o açúcar refinado foi o produto mais exportado pelas cooperativas brasileiras: US$ 297 milhões ou 23% do total, seguido por café em grãos (US$ 177,5 milhões) e farelo de soja, com US$ 139,5 milhões, com 10,7% do total.
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