O tenente da Polícia Militar (PM) inicialmente apontado como autor dos disparos que resultaram na morte de três pessoas em um hospital de Sergipe na sexta-feira (27) se entregou no sábado (28). Em depoimento, ele disse que não atirou em ninguém. Já o irmão dele, um soldado militar que também se apresentou à polícia, confessou ter atirado contra dois homens, mas disse que foi em legítima defesa.
Com a prisão preventiva deles dois, já somam quatro detidos por envolvimento no tiroteio no Hospital de Urgências de Sergipe (Huse). Três deles são irmãos, o outro é sobrinho. Um quarto irmão morreu no hospital em decorrência de ferimentos causados por troca de tiros em confusão horas antes na avenida Santa Gleide, na Zona Norte de Aracaju. A vingança dessa morte teria motivado a chacina dentro do Huse, versão não confirmada pela defesa da família.
O advogado Aluísio Vasconcelos disse que o tenente só chegou ao hospital cerca de 20 minutos depois do ocorrido. “O soldado estava na ala vermelha com o irmão que morreu devido a ferimentos da troca de tiros na avenida e quando ouviu os disparos ele se deslocou para a área verde. Recebido a tiros, o soldado revidou”, conta o advogado.
Relaxamento da prisão
No sábado (28), Vasconcelos pediu relaxamento da prisão preventiva dos dois primeiros suspeitos presos em flagrante no dia do crime, mas a Justiça ainda não julgou o pedido.
“Nesta segunda-feira (30) vou pedir o relaxamento da prisão do tenente e do soldado que se apresentaram voluntariamente a polícia”, informa o advogado.
Investigações
O delegado Flávio Albuquerque, que investiga o caso juntamente com a diretora do Departamento de Homicídios Theresa Simony Nunes Silva, disse que a polícia está analisando cada um dos suspeitos individualmente e ouvindo testemunhas.
“É possível encontrar contradições nos depoimentos. Ainda têm muitas lacunas a serem preenchidas, mas ao final da investigação todas as perguntas serão respondidas. Novos depoimentos serão ouvidos durante a semana, inclusive dos dois presos no dia do crime que se resguardaram no direito de não falar”, afirma o delegado.
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