Segundo Luana, ela teve uma gravidez normal, sentia muito incômodo por causa do aumento de peso, mas nada fora dos padrões. "Na época o médico disse que meu útero estava inchado, mas nada que fosse preocupante. Contudo, não esperava um bebê desse tamanho", contou. A mãe tem outros dois filhos e comentou ainda que eles nasceram com tamanhos e pesos considerados normais.
Bruno Teixeira Bernardes, obstetra que chefiou a equipe que realizou o parto, disse que o procedimento durou cerca de uma hora e que a equipe ficou assustada com o tamanho do bebê. “O parto de uma criança como esta é mais complicado. Tivemos que aumentar a abertura e não foi fácil. Ficamos batalhando para o bebê sair, mas no final deu tudo certo”, comemorou o médico.
Já o obstetra Eduardo de Oliveira Neto, que também fez parte da equipe que fez o parto, comentou que casos como o de Athos ocorrem em um a cada 15 mil nascimentos. Ele afirmou ainda que em 16 anos de profissão nunca tinha visto um caso como este. “É o primeiro que eu tenho conhecimento”, disse.
Riscos
Eduardo ressaltou que no momento do parto a criança correu alguns riscos. Mas o médico afirmou que a mãe era quem poderia ter mais problemas. “A criança poderia ter uma crise de hipoglicemia ou então ficar presa e ter algum membro fraturado. A mãe, no entanto, era quem sofria mais riscos como ter sangramento, hemorragia e, no caso de parto normal, poderia romper o útero”, avaliou.
Apesar de muitas mães considerarem que a criança nestas proporções seja saudável, o médico alerta que no futuro ela pode ter alguns problemas. “Quanto maior a criança, maior o risco de ser diabético, hipertenso ou obeso no futuro. É um caso que requer muita atenção”, concluiu Neto.
A mãe já recebeu alta e se recupera da cirurgia em casa. O bebê está internado em observação e deve receber alta nos próximos dias.
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