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Ciência
Segunda - 28 de Maio de 2012 às 10:47

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Uma aventura no México. Vamos conhecer um tesouro que ficou guardado por 500 mil anos: uma caverna cheia de cristais gigantes!

O documentário completo da NATGEO está no site www.natgeo.com.br 

A beleza do lugar tem atraído muitos pesquisadores - gente que está disposta a arriscar a vida para descobrir os mistérios da caverna.

Nossa viagem começa 300 metros sob a superfície.

Estamos embaixo de Naica, uma pequena cidade no norte do México, perto da fronteira com os Estados Unidos.

Seguimos com um grupo de exploradores. O destino é único no planeta: a caverna dos cristais.

A caverna onde entramos agora foi descoberta, por acaso, há bem pouco tempo, no ano dois mil.

O cenário, aqui, se formou há cerca de quinhentos mil anos. uma beleza sem igual. Cristais de tamanho monumental, por todos os lados. Parecem gelo. Mas são de gipsita, um tipo de mineral de cálcio.

Alguns têm 11 metros de comprimento, pesam até 55 toneladas.

Mas toda essa beleza cobra um preço muito alto. o ambiente é hostil, insuportável. pode matar rapidamente.

A temperatura é de 50 graus celsius. Todo esse calor vem de uma camada de rochas derretidas, muito quentes, que fica abaixo da caverna.

O ambiente infernal da caverna é um risco para os exploradores.

O calor intenso desidrata o corpo. O coração dispara. Respirar vira um sacrifício.

O instrutor orienta: respirem devagar.

Eles estão sem nenhuma proteção. só podem ficar cinco minutos aqui dentro. se passar disso, sem roupas especiais, é morte certa.

Além do calor, a umidade é insuportável: 100%. Nessas condições, o suor não evapora. O corpo transpira, mas não consegue se refrescar. As pessoas vão, literalmente, cozinhando aos poucos.

A pesquisadora não aguenta mais, e diz: "cheguei ao meu limite!"

Agora, recuperados da experiência extrema, os cientistas voltam à caverna.

Desta vez, protegidos. O traje laranja está cheio de saquinhos de gelo, que reduzem a temperatura do corpo. a máscara serve para resfriar o ar que eles respiram.

Vestidos assim, os exploradores conseguem ficar mais tempo lá dentro: quarenta e cinco minutos -- nem um minuto a mais.

Nessa corrida contra o tempo, eles têm dois objetivos: o primeiro: encontrar, nesse labirinto subterrâneo, mais uma caverna como esta.

Outra equipe tem um plano ainda mais ambicioso: achar, dentro dos cristais, formas de vida microscópicas, que ficaram aprisionadas ali por milhares de anos.

Elas agem rápido: perfuram os cristais com uma broca. E coletam amostras. Saem satisfeitos, mas exaustos.

No fim o calor já era demais, desabafa a pesquisadora mais experiente do grupo.

Em 2008, numa outra visita a esta mesma caverna, ela encontrou bactérias diferentes de todas as já conhecidas na terra.

Esses organismos invisíveis, que sobrevivem em condições tão extremas podem ajudar a entender o surgimento da vida na terra... e até em outros planetas, como marte.

Só foram preservados porque ficaram longe do alcance do homem por milhares de anos.

A empresa de mineração que administra a caverna dos cristais barrou as visitas em 2010, pra que a beleza continue intacta.

Hoje a companhia tira mil litros de água por segundo da caverna dos cristais.

Se um dia a mineração na área fosse interrompida, a caverna voltaria a ficar inundada, como era antes de ser descoberta.

E nenhum explorador teria a chance de desvendar seus mistérios... e contemplar tanta beleza. 
 





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