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Cidades
Domingo - 17 de Novembro de 2013 às 08:23

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 A Secretaria Municipal de Educação de Cuiabá abriu sindicância para apurar as responsabilidades da direção da Escola Municipal de Educação Básica Marechal Rondon, localizada no bairro Alvorada, sobre o caso de bullying sofrido pelo estudante do segundo ano P., de 7 anos.



 
De acordo com o boletim de ocorrência da mãe do menino e laudo do Instituto Médico Legal (IML), a criança sofreu agressão dentro da escola. 


 
A criança contou que, no dia 5 de novembro, um menino derrubou P. e ele quebrou o braço. Antes das aulas começarem no dia, ele foi socado no olho por outro garoto.


 
A assessoria de comunicação da SME informou que o departamento jurídico irá até a escola ouvir os envolvidos para, depois, dar o parecer sobre o caso. 


 
Ainda não há uma data definida para a conclusão dos trabalhos. 


 
Depois de buscar o filho outras vezes, com marcas de agressões físicas e até mesmo cuspido e arranhado, a recepcionista Marcelle Cristina Nogueira da Costa disse ao MidiaNews estava disposta a permitir que o menino perdesse o ano escolar, para não ser mais alvo de agressões. 


 
P. também estava com aversão à escola, segundo a mãe. 


 
Medo de ficar "burro"


 
Uma professora do garoto ligou para Marcelle e pediu que ela repensasse a decisão e permitisse que a criança retornasse às aulas, para não perder o ano letivo.


 
A mãe ouviu o filho. A criança ficou dividida entre o medo de apanhar dos colegas e o medo de ficar ‘burro’.


 
“Ele me disse: mãe, eu quero ser médico, mas se eu não estudar, vou ficar burro e não poderei ser um médico”.


 
Na quarta-feira (14), a criança retornou para a escola. Marcelle diz que a professora a esperou no portão do colégio. 


 
P. também foi vigiado pela docente durante o intervalo e, quando Marcelle retornou, o menino estava na sala dos professores.


 
“O atendimento melhorou, mas vou seguir com a ação porque os meninos que o agrediram precisam ser punidos para não fazerem isso com outras crianças. A escola também precisa ser mais cuidadosa com casos de agressões. A gente coloca o filho lá para estudar, para aprender e não para ser humilhado e agredido”, disse.





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