Os novos tratamentos, que foram aplicados em melanomas em fase 3, são o dabrafenib e o trametinib, desenvolvidos pela farmacêutica britânica GlaxoSmithKline, de acordo com os dados fornecidos no congresso anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO).
Os experimentos demonstraram que o trametinib consegue neutralizar a proteína MEK, que faz o tumor crescer e que pertence ao mesmo mecanismo molecular que o gene mutante BRAF, presente na metade dos casos de câncer de pele.
Esta mutação genética produz outra proteína que também fomenta a progressão do melanoma.
"O trametinib é o primeiro tratamento de uma nova classe de medicamentos que pode beneficiar os pacientes que sofrem um melanoma com uma mutação do gene BRAF", explicou a médica Carolina Robert, que dirige o serviço de Dermatologia do Instituto Gustave Roussy de Paris, principal autora do estudo.
"Os resultados deste estudo clínico demonstram que atacar (a proteína) MEK é uma estratégia viável para tratar muitas pessoas com melanomas", assegurou.
O laboratório Bristol-Myers Squibb tem um medicamento para tratar o melanoma, o Yervoy, já aprovado nos EUA e na Europa, e a caminho de aprovação no Brasil.
Além dele, o vemurafenib, que ataca o gene mutante BRAF e é comercializado pelo laboratório suíço Roche, também tem uso permitido pelas autoridades sanitárias dos Estados Unidos e da Europa para tratar o melanoma avançado.
O estudo foi realizado com 322 pacientes, 214 dos quais tomaram o trametinib, enquanto os demais foram tratados com a quimioterapia habitual.
Mais de 22% dos tratados com este novo agente responderam negativamente, contra os 8% que receberam quimioterapia.
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