Levantamento indica que 47% das águas superficiais localizadas nas áreas urbanas do Brasil são ruins ou péssimas. O estudo Panorama da Qualidade das Águas Superficiais - 2012, que está sendo divulgado agora, foi realizado pela Agência Nacional de Águas (ANA).
No plano nacional, dos 1.998 pontos monitorados em 2010 em áreas rurais e urbanas, 75% receberam boa qualificação com base no Índice de Qualidade da Água (IQA), 6%, excelente, 11%, regular, e 7%, ruim ou péssima.
Nas áreas urbanas, de acordo com os pesquisadores, a análise dos corpos de água mostra que a razão de 47% terem baixa avaliação se deve à alta taxa de urbanização e aos baixos níveis de coleta e tratamento de esgoto doméstico.
Sessenta e um por cento dos pontos avaliados como péssimos e ruins estão na Região Hidrográfica do Paraná, que recebe 32% da carga remanescente de esgotos domésticos do País. Nessa região estão São Paulo, Curitiba, Goiânia e Campinas. As três primeiras estão localizadas em trechos de cabeceiras dos Rios Tietê, Iguaçu e Meia Ponte, o que agrava a situação, já que as cabeceiras dos rios apresentam menor vazão e, consequentemente, têm menor capacidade de diluir as cargas poluidoras.
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