Nogueira disse que as cirurgias eletivas (não urgentes) foram as mais afetadas pela greve, mas que elas já foram restabelecidas. O HUJM está fazendo as marcações de consulta e internações. O hospital oferece serviços especializados e tratamentos de referência, que no estado estão disponíveis apenas na unidade.
A coordenadora geral do Sindicato dos Técnicos da Universidade Federal de Mato Grosso (Sintuf), Ana Bernadete Almeida Nascimento, explicou que as cirurgias foram reduzidas em até 50% no período, mas que agora foram retomadas com a suspensão do movimento.
Os trabalhadores decidiram encerrar a paralisação, mas permanecem em estado de greve e apoiando o movimento dos servidores federais. Atualmente, os técnicos administrativos e professores da UFMT estão em greve. O superintendente do hospital ressaltou que a atual greve dos docentes, que também atuam no hospital, não tem afetado o atendimento no hospital, como ocorreu com a paralisação dos técnicos administrativos.
Ana Bernadete explicou que, na quinta-feira (28), os técnicos administrativos vão fazer uma mobilização no hospital para explicar aos pacientes o porquê do movimento grevista. Os profissionais do hospital criticam principalmente a criação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), que foi instituida pelo governo federal para buscar repassar, segundo a sindicalista Ana Bernadete, a administração da unidade para a iniciativa privada.
A empresa foi criada para prestar serviços às instituições federais de ensino por meio da Lei 12.550 de dezembro de 2012. A sindicalista explicou que a medida poderá afetar principalmente os investimentos na área acadêmica que usa o hospital universitário e também o gerenciamento dos recursos públicos.
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