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Nacional
Segunda - 23 de Julho de 2012 às 16:49

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O ministério da Ciência aguarda o aval da Casa Civil para que o Brasil se torne associado do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern, na sigla em francês), responsável pelo Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês)..

A informação foi divulgada nesta segunda-feira (23) pelo ministro da Ciência, Marco Antonio Raupp, durante entrevista coletiva realizada em São Luis (MA), que sedia até sexta-feira (27) a 64ª reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, a SBPC.

“Tudo está caminhando positivamente, porém é necessário que a Casa Civil dê o aval para que possamos nos associar ao Cern. Não tem porque não fazermos isso. É importante para o Brasil, para a ciência e para os pesquisadores", declarou.

Em fevereiro, em entrevista ao G1, Raupp havia informado que o governo trabalhava em uma forma de “engenharia financeira” para conseguir a aprovação do investimento necessário para a entrada no Cern.

Se aprovado, o país teria que pagar uma cota anual para ser considerado membro do projeto -- esse valor ainda precisa ser definido pelo Cern, mas há dois anos era de aproximadamente US$ 15 milhões ao ano.

O LHC ganhou destaque no início de julho após cientistas anunciarem a descoberta de uma partícula subatômica inédita. Há fortes indícios de que se trate do "bóson de Higgs", a "partícula de Deus", única partícula prevista pela teoria vigente da física que ainda não tinha sido detectada em laboratórios, e que vinha sendo perseguida ao longo das últimas décadas.

Pela teoria, o bóson de Higgs teria dado origem à massa de todas as outras partículas. Se sua existência for confirmada, portanto, é um passo importante da ciência na compreensão da origem do Universo. Se ele não existisse, a teoria vigente deixaria de fazer sentido, e seria preciso elaborar novos modelos para substituí-la.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, em entrevista coletiva realizada na SBPC. (Foto: Igor Almeida/G1)
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, em entrevista coletiva realizada na SBPC. (Foto: Igor Almeida/G1)

Parceria binacional em risco
Raupp comentou ainda que a consolidação da base de Alcântara, no Maranhão, como polo comercial de lançamentos espaciais operado entre o Brasil e a Ucrânia, pode estar em risco por falta de investimentos.

A empresa binacional Alcântara Cyclone Space (ACS), prevê a comercialização e operação de serviços de lançamento utilizando o lançador Cyclone-4. Decreto presidencial publicado no "Diário Oficial da União" no início de julho autorizou a transferência de R$ 135 milhões do governo federal aumentar o capital da empresa. Entretanto, segundo Raupp, ainda são necessários R$ 200 milhões em investimentos.

"Há um outro lado do projeto, o da estrutura. Só nele, estão previstos R$ 200 milhões. Contudo, não temos esse orçamento. Precisamos buscar junto ao governo, uma forma de cumprir com nossas metas", afirmou, sem precisar qual tipo de estrutura o projeto necessita.

*Com G1, em São Paulo.






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