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Cidades
Segunda - 23 de Julho de 2012 às 20:18

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Em busca de reposição das perdas inflacionárias dos últimos 3 anos, trabalhadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IGBE) de Mato Grosso cruzaram os braços nesta segunda-feira (23) e aderiram a paralisação nacional que já atinge 20 estados. Nesse primeiro dia de greve, 60% dos 82 servidores do quadro efetivo e alguns outros 98 contratados aderiram ao movimento grevista que tem como objetivo suspender todas as atividades de pesquisas nas ruas e chamar a atenção do governo federal para negociar com a categoria. A greve deve prosseguir por tempo indeterminado até a categoria conseguir negociar com o governo.

Conforme o técnico de pesquisas Moacil Domingos de Moraes que também pertence a coordenação do Sindicato dos Servidores do IBGE de Mato Grosso (Assibge), os funcionários do órgão já amargam perdas salariais de 21% devido a inflação dos últimos 3 anos. Explica ainda que benefícios como ticket alimentação, plano de saúde entre outros, também estão defasados. “Nosso objetivo é fazer chamar atenção do governo federal para negociar com a gente pelo menos parte da reposição salarial”, informa o sindicalista.

Com a greve, pesquisas municipais, estaduais e nacionais desenvolvidas pelos servidores do IBGE serão prejudicadas, uma vez que maioria dos funcionários que aderiram a greve neste primeiro dia são os pesquisadores de rua. “Alguns supervisores que são responsáveis por monitorar o trabalho dos pesquisadores também já cruzaram os braços”, completa Moraes.

Além dos servidores efetivos, alguns do funcionários que trabalham em regime de contrato temporário de 2 anos também participam da paralisação. O motivo, explica Moacil de Moraes, é que eles também não têm a garantia da manutenção de seus empregos pelo prazo estipulado em contrato, uma vez que para isso termos aditivos precisam ser feitos a cada mês. Até o momento o governo federal não se manifestou sobre a greve. Os funcionários do órgão em Mato Grosso decidiram pela greve em assembleia realizada na última sexta-feira (20) quando outros 19 estados já estavam em greve.

Protesto

Nesta terça-feira (24) os servidores do IBGE realizam manifestações em frente ao Ministério Público em todos os estados, para denunciar o abuso do trabalho temporário no IBGE. O sincato da categoria denuncia que já são mais de 4 mil contratados temporários, realizando pesquisas contínuas e outros serviços da alçada de servidores do quadro, recebendo em média R$ 850 por mês. "É fundamental que todos os companheiros em greve se reúnam em seus estados para manifestar nosso repúdio a esse absurdo, exigindo concursos públicos, já e condições de trabalho dignas para os temporários", diz comunicado do Assibge.
 





Fonte: A Gazeta

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