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Nacional
Segunda - 23 de Julho de 2012 às 22:43

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O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Antonio Ferreira Pinto, afirmou que o crime que levou à morte do bancário italiano Tomasso Lotto, de 26 anos, é parte de uma "escalada de violência". Ele lamentou o fato e disse nesta segunda-feira (23) que tentativas de assalto como a que vitimou Lotto acontecem em vários lugares da capital paulista, como Itaquera, na Zona Leste.

O crime ocorreu na noite de sábado (21), no Itaim Bibi, bairro nobre da Zona Sul de São Paulo. Lotto foi atingido por um tiro no tórax em um cruzamento da Avenida Nove de Julho, em uma tentativa de assalto. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu.

"São esses roubos praticados por ladrões em motocicletas, que têm muita agilidade, muita muita mobilidade, mas é um a mais que ocorre na capital. A gente lamenta, e o DHPP [Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa] e o Deic [Departamento Estadual de Investigações Criminais] estão fazendo todas as investigações no sentido de elucidar este crime. Mas ocorre lá, [ocorre] em Cidade Tiradentes, em Itaquera, no Jardim Ângela. Lamentavelmente é a escalada da violência", afirmou Ferreira Pinto, em entrevista ao SPTV.

Nos últimos dados divulgados pelo governo de São Paulo, referentes a maio, foram registrados 16 casos de latrocínios (roubos seguidos de morte) e 10 casos de roubo a banco na capital paulista naquele mês. O total é o dobro do registrado no mês anterior nos dois tipos de crimes. Os dados criminais de junho devem ser divulgados ainda este mês.

Busca de informações
Investigadores do DHPP foram nesta segunda ao local da tentativa de assalto contra o italiano em busca de informações e imagens que ajudem a identificar os suspeitos.

O bancário havia se mudado para o Brasil na sexta-feira (20). Um dia depois, ele e um amigo, um advogado espanhol, seguiam em um Honda Civic pela avenida. Por volta das 18h30, no cruzamento da Avenida Nove de Julho com a Avenida São Gabriel, eles foram abordados por dois homens armados em uma moto.

Segundo uma amiga, Lotto, que estava ao volante, achou que os criminosos queriam o carro e tentou descer. Quando abriu a porta, ele foi baleado. O advogado que estava junto correu antes do disparo e conseguiu escapar.

Uma testemunha, que pediu para não ser identificada, disse que o advogado ficou desesperado. "Ele ficou no canteiro central parado, tremendo. Pensei que ele ia morrer atropelado", declarou.

Uma fotografia obtida pelo SPTV mostra o carro parado na via e Lotto sendo socorrido. O pai do bancário esteve no Instituto Médico-Legal (IML) nesta segunda-feira para liberar o corpo e enviá-lo para a Itália. Um amigo da vítima confirmou ao G1 que o bancário será enterrado no seu país de origem.

Perseguição
Uma amiga do italiano contou que o advogado, que estava no carro com Lotto, chegou a ser perseguido por um dos criminosos, mas se escondeu atrás de uma banca. Do lugar, ele ouviu o barulho do tiro que acertou o colega.

“Ele ia deixar o carro para eles. Eles acharam que queria o carro”, disse a amiga. Uma testemunha, que preferiu não se identificar, presenciou o desespero do colega do bancário.

Lotto chegou consciente ao Hospital São Luiz, mas não resistiu. Uma das amigas do italiano ficou revoltada com o crime. "Ninguém merece uma morte tão bruta, tão sofrida. Não dá mais, não dá para ter este tipo de notícia o tempo inteiro", lamentou.





Fonte: Do G1 SP

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