Ainda de acordo com o tenente, máquinas retro-escavadeiras da usina eram utilizadas durante as buscas e após a decisão liminar, outra empresa especializada em buscas por vítimas em soterramentos retomará os trabalhos. “Esta nova empresa será requisitada e após aprovação da justiça, as buscas serão retomadas. Ainda não temos prazo definido”, explicou o tenente.
Na decisão, a juíza Ana Paula de Carvalho Scolari considerou que os trabalhadores ainda continuam expostos a possíveis acidentes. “O fato de uma pessoa, até a presente data, encontrar-se desaparecida, apenas confirma a necessidade e utilidade da medida de suspensão das atividades no bota-fora”, ressaltou a magistrada.
O acidente
Segundo informações do Corpo de Bombeiros, o acidente aconteceu no dia 15 de julho no momento em que caminhões descarregavam terra em uma região de descarte da empresa e uma barragem se rompeu. Na ocasião, dez empregados conseguiram se salvar, mas um trabalhador desapareceu. Também causou o tombamento de três caminhões e um trator.
Marcondes disse que o trabalho de resgate em Nova Canaã do Norte é difícil, principalmente, porque a área onde o trabalhador sumiu tem aproximadamente um quilômetro de extensão e 12 metros de profundidade.
Decisão
O Ministério Público do Trabalho (MPT), autor da ação civil pública, informou que a Justiça do Trabalho deve marcar uma audiência entre as partes envolvidas para regularizar a segurança no local.
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA) informou que já havia notificado a empresa para paralisar as atividades onde ocorreu o acidente. Deste modo, no auto de inspeção emitido por agentes da secretaria já havia relatos das condições precárias de trabalho da área.
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