De acordo com o major Edson Santos, coordenador de policiamento da favela da Rocinha, Diego e outros três policiais patrulhavam a favela a pé quando foram surpreendidos por pelo menos dois homens armados com um pistola.
— O soldado entrou em beco e se deparou com o criminoso armado, que atirou em seu rosto. O policial caiu no chão. O segundo policial atirou contra os bandidos, mas eles conseguiram fugir — explicou o major.
Os bandidos deixaram para trás dois carregadores de pistola de calibre 9 milímetros. O soldado Diego foi socorrido e levado para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, mas não resistiu aos ferimentos e já chegou morto a unidade. O caso está sendo investigado pela Divisão de Homicídios (DH).
Formado policial a cerca de um mês, Diego ingressou no curso de soldados da PM em novembro de 2011. Atualmente ele era lotado no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP) da PM e integrava o efetivo que faz o policiamento da Rocinha.
Diego é o segundo policial morto por criminosos na Rocinha. No dia 4 de abril o cabo do Batalhão de Choque Rodrigo Alves Cavalcante, de 33 anos, também foi morto por um traficante quando fazia patrulhamento na favela. O cabo foi baleado ao abordar um suspeito numa das vielas da comunidade. O assassino, que disparou um único tiro e fugiu, deixou cair numa laje uma bolsa com balas calibre 9 mm e um documento de identidade. Identificado como Edilson Tenório de Araújo, de 42 anos, ele foi preso em maio, após se apresentar a polícia e negando ter atirado contra o PM.
Após o assassinato do cabo, a polícia anunciou a transferência do centro de controle da ocupação para o alto da favela, no Parque Ecológico da Rocinha, situado na localidade de Portão Vermelho. A nova localização da unidade, instalada num contêiner, permitiria melhor visão da comunidade além de facilitar a distribuição das equipes pelas 12 áreas de patrulhamento da Rocinha.
Entre novembro de 2011, quando a Rocinha foi ocupada pela PM, e março passado foram registradas outras oito mortes ligadas a disputas entre dois grupos rivais de traficantes. Uma das vítimas foi o líder comunitário Vanderlan Barros de Oliveira, o Feijão, presidente da Associação de Moradores e Amigos do Bairro Barcelos. Feijão foi assassinado no dia 26 de março nas proximidades da Via Ápia.
Comentários