Além de não ser internado pela médica responsável na primeira consulta realizada no Pronto-Socorro Infantil, em um segundo atendimento na Santa Casa o menino esperou ao menos sete horas para ser levado de ambulância ao Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto(SP), de acordo com o profissional autônomo César Miranda, 44 anos, pai do paciente.
Rosane Moscardini, secretária da Saúde de Franca, confirmou por meio de sua assessoria de imprensa que abriu um procedimento administrativo para verificar as falhas do primeiro atendimento, realizado na tarde do dia 27 de setembro, e a demora na transferência para Ribeirão, no dia 28.
O pai da criança alega que, durante a espera pela transferência, um médico da Santa Casa chegou a cancelar uma ambulância disponível. A demora, segundo Miranda, quase fez com que eles perdessem o leito reservado na ala de queimados do HC em Ribeirão. "Ficou do meio-dia às sete e meia da noite para liberar a ambulância. Ficavam jogando de um lado para o outro. Quando chegou aqui [em Ribeirão Preto] quase perdemos a vaga, já que a vaga era para o meio-dia. Sorte que os médicos encontraram outra e encaixaram", disse Miranda.
César Miranda diz que filho não recebeu atendimento adequado em pronto-socorro (Foto: Rodolfo Tiengo/ G1)
Ele também reclama da médica responsável no primeiro atendimento no Pronto-Socorro Infantil. Segundo o pai, a profissional ignorou a gravidade do estado de saúde da criança e a dispensou da internação. Depois disso, o menino piorou e teve febre. "Ela fez os curativos, passou uma pomada no rosto dele, mandou para casa e pediu para voltar segunda-feira. Era uma quinta-feira", disse.
Delegacia da Mulher
O atendimento médico que o menino recebeu nos hospitais também é investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Franca. De acordo com a delegada Christina Bueno de Oliveira, o caso será apurado com base em prontuários médicos.
Estado de saúde
Internado há dez dias na ala de queimados na unidade de emergência do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (SP), o menino de 1 ano e 7 meses já se recuperou da maior parte das queimaduras no rosto, no tórax e nos braços e tem se alimentado normalmente, de acordo com o pai. Segundo ele, a previsão é de que a criança receba alta na próxima semana.
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