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Nacional
Quarta - 07 de Novembro de 2012 às 07:59

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As taxas de tabagismo no Brasil caíram quase pela metade nas últimas duas décadas graças ao rigor de políticas antitabaco. É isso que afirma um estudo desenvolvido por pesquisadores brasileiros e norte-americanos, publicado na revista PLOS Medicine desta semana. O Brasil introduziu o imposto específico para cigarro em 1990, depois determinou restrições a propagandas de cigarros, colocou advertências nas embalagens e iniciou políticas antifumo a partir de 1996.

Como resultado, o País teve uma redução de 46% no número de fumantes entre 1989 e 2010. De acordo com os pesquisadores do Centro de Câncer Lombardi Comprehensive, da Universidade Georgetown, em Washington, Estados Unidos, e do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a redução não conseguiria ser tão elevada sem esse tipo de política.

Usando o modelo da pesquisa Brazil SmokeSim, os autores do estudo descobriram que quase metade dessa redução de 46% de fumantes veio do aumento de preços, 14% das leis antifumo, 14% das restrições de propaganda, 8% das advertências à saúde, 6% das campanhas antitabagismo promovidas na mídia e 10% dos programas de tratamentos que ajudam o paciente a deixar o fumo.

Além disso, os autores estimam que as políticas antitabaco evitaram cerca de 420 mil mortes relacionadas ao cigarro. Em uma projeção para 2050, até 7 milhões de mortes seriam evitadas. E com políticas ainda mais restritivas, como um aumento da taxa de imposto, esse número poderia ser ainda maior. "O Brasil oferece uma das notáveis ​​histórias de sucesso de saúde pública na redução de mortes devido ao fumo, e serve como um modelo para outros países de baixa e média renda. No entanto, um conjunto de políticas mais rigorosas poderia reduzir mais o tabagismo e salvar ainda mais vidas", defendem os autores do estudo.
 





Fonte: Terra

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