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Dados mostram que houve a menor taxa de desmatamento dos últimos 24 anos, sendo que entre agosto e julho foram 777 km2
MT tem redução recorde
Levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) verificou que o desmatamento em Mato Grosso no período 2011-2012 foi o menor em 24 anos de monitoramento.
De acordo com os dados do sistema PRODES (Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal), a extensão derrubada no Estado entre agosto de 2011 e julho deste ano foi de 777 km2.
O resultado equivale a uma queda de 93% em relação à área desmatada no período 2003-2004, quando foi registrado o pico da série histórica do INPE no Estado: 11.814 km2.
O total acumulado no período nos nove Estados da Amazônia Legal (4.656 km2) foi também o menor já apurado pelo INPE. Ontem, em Brasília, a ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente) atribuiu o resultado a investimentos em tecnologia e inteligência.
“A cada vez que diminui o desmatamento, o desfio cresce e o trabalho aumenta”, afirmou a ministra, que anunciou a compra de novos equipamentos de fiscalização eletrônica para as equipes de campo.
Em nota, o secretário estadual de Meio Ambiente, Vicente Falcão, atribuiu parte da queda nos desmates a “investimentos do governo do Estado em novas tecnologias visando o licenciamento ambiental”.
Por telefone ao DIÁRIO, a superintendente estadual do IBAMA, Cibele Ribeiro, disse que “uma conjunção de fatores” determinou o cenário identificado pelo INPE.
“Houve reforço nas ações de fiscalização, com muito mais agentes em campo, mas também verificamos uma tendência de aproveitamento de áreas já abertas para uso e rotação de culturas agrícolas”, disse.
No período analisado, segundo relatório divulgado ontem, o IBAMA lavrou 830 autos de infração e aplicou cerca de R$ 339,5 milhões em multas por infrações ambientais no Estado.
RESSALVAS - O ambientalista Laurent Micol, da Ong ICV (Instituto Centro de Vida), disse que, se considerados isoladamente, os números do INPE são motivo para “comemoração”.
“Trata-se de um registro confiável que indica que hoje temos uma taxa menor do que um décimo da taxa média de referência há seis anos. Mas é preciso considerar que este não é o único indicador do desmatamento”, declarou.
Segundo Micol, o Prodes não identifica desmatamentos com área inferior a 6,25 hectares, sendo, portanto incapaz de mensurar a tendência de pequenos desmatamentos percebida nos últimos anos em assentamentos rurais, por exemplo.
“Outra questão é a da degradação florestal, que pode ser causada pelas queimadas, e que não é medida. Ou seja, podemos comemorar a queda no corte raso da floresta, mas não a sua preservação de fato.”
Para o ambientalista, o caminho para a mudança real no quadro passa pela responsabilização. “Quem recebe multa, tem que pagar. Mas não é isso o que acontece.”
De acordo com os dados do sistema PRODES (Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal), a extensão derrubada no Estado entre agosto de 2011 e julho deste ano foi de 777 km2.
O resultado equivale a uma queda de 93% em relação à área desmatada no período 2003-2004, quando foi registrado o pico da série histórica do INPE no Estado: 11.814 km2.
O total acumulado no período nos nove Estados da Amazônia Legal (4.656 km2) foi também o menor já apurado pelo INPE. Ontem, em Brasília, a ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente) atribuiu o resultado a investimentos em tecnologia e inteligência.
“A cada vez que diminui o desmatamento, o desfio cresce e o trabalho aumenta”, afirmou a ministra, que anunciou a compra de novos equipamentos de fiscalização eletrônica para as equipes de campo.
Em nota, o secretário estadual de Meio Ambiente, Vicente Falcão, atribuiu parte da queda nos desmates a “investimentos do governo do Estado em novas tecnologias visando o licenciamento ambiental”.
Por telefone ao DIÁRIO, a superintendente estadual do IBAMA, Cibele Ribeiro, disse que “uma conjunção de fatores” determinou o cenário identificado pelo INPE.
“Houve reforço nas ações de fiscalização, com muito mais agentes em campo, mas também verificamos uma tendência de aproveitamento de áreas já abertas para uso e rotação de culturas agrícolas”, disse.
No período analisado, segundo relatório divulgado ontem, o IBAMA lavrou 830 autos de infração e aplicou cerca de R$ 339,5 milhões em multas por infrações ambientais no Estado.
RESSALVAS - O ambientalista Laurent Micol, da Ong ICV (Instituto Centro de Vida), disse que, se considerados isoladamente, os números do INPE são motivo para “comemoração”.
“Trata-se de um registro confiável que indica que hoje temos uma taxa menor do que um décimo da taxa média de referência há seis anos. Mas é preciso considerar que este não é o único indicador do desmatamento”, declarou.
Segundo Micol, o Prodes não identifica desmatamentos com área inferior a 6,25 hectares, sendo, portanto incapaz de mensurar a tendência de pequenos desmatamentos percebida nos últimos anos em assentamentos rurais, por exemplo.
“Outra questão é a da degradação florestal, que pode ser causada pelas queimadas, e que não é medida. Ou seja, podemos comemorar a queda no corte raso da floresta, mas não a sua preservação de fato.”
Para o ambientalista, o caminho para a mudança real no quadro passa pela responsabilização. “Quem recebe multa, tem que pagar. Mas não é isso o que acontece.”
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://arenapolisnews.com.br/noticia/25598/visualizar/
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