Ainda segundo Luiz Gustavo, Flávia não respondia mais a estímulos e teve a morte cerebral, com quadro irreversível, no fim da noite de sexta-feira (21).
Flávia foi baleada dentro de um ônibus
(Foto: Reprodução TV Globo)
Flávia chegou às 9h ao Hospital do Andaraí, onde foi operada, e só saiu do centro cirúrgico às 17h de sexta. Ela foi atingida na cabeça na Rua Araújo Leitão, quando estava no ônibus da linha 232 (Praça XV-Lins).
A Polícia Militar acredita que a bala perdida tenha partido de um tiroteio entre traficantes de favelas do Lins, no Subúrbio do Rio. O delegado Bruno Gilaberte disse que vai ouvir moradores e comerciantes do local para saber exatamente o que aconteceu.
"Aparentemente havia no local uma troca de tiros naquele momento", disse.
Flávia saiu do Méier, na Zona Norte, e ia para o Centro, o mesmo trajeto que faz há nove meses desde que começou a trabalhar. O ônibus passa por um dos acessos ao complexo de favelas do Lins. Segundo testemunhas, traficantes trocavam tiros naquele momento.
O motorista do ônibus, que não quis se identificar, disse que os tiroteios naquela área são constantes.
“Teve muito tiro e logo em seguida os passageiros começaram a gritar que tinha uma passageiro ferido, uma jovem”, disse.
Uma moradora contou que o ônibus parou e todos ficaram olhando e viram duas jovens socorrendo Flávia desacordada dentro do ônibus.
Luiz Gustavo Silva disse no hospital que a filha tinha se formado em química recentemente e estava feliz por ter conseguido o primeiro emprego na área que escolheu.
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