Pequena bomba explode na OAB
Uma explosão causou pânico entre funcionários do prédio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), na Rua Marechal Câmara 150, no Centro do Rio, na tarde desta quinta-feira. Assustadas com o forte barulho, muitas pessoas correram para fora do edifício. O presidente da entidade, Felipe Santa Cruz, confirmou que o prédio foi evacuado após a explosão do artefato, supostamente de festim, no 9º andar do edifício. Felipe Santa Cruz disse que pouco antes da explosão da bomba do tipo “cabeção-de-nego”, que aconteceu às 15h, foi alertado pelo Corpo do Bombeiros sobre a suposta presença no prédio de três artefatos, sendo um de efeito moral e dois outros com cargas explosivas. Não há informações de feridos ou de prejuízos materiais.
Especialistas do Esquadrão Antibombas e bombeiros realizaram uma varredura nos nove andares do edifício em busca dos artefatos. Outros três “cabeções-de-nego” foram encontrados no prédio da OAB, fora o que explodiu. Todos estavam juntos, na escada que liga o 8º ao 9º andar. Segundo os agentes, a ação tinha, aparentemente, o objetivo de assustar, apenas.
O ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio (OAB-RJ) Wadih Damous afirmou, na tarde desta quinta-feira, que acredita que a colocação de uma bomba de festim na sede da entidade pode ter relação com militares envolvidos na morte da secretária da OAB, Lyda Monteiro, em agosto de 1980. Damous presidirá, a partir da próxima segunda-feira, a Comissão da Verdade do estado do Rio, que irá analisar crimes cometidos durante a ditadura militar. Ele considerou o caso de hoje como provocação e disse que o atentado de 1980 será um dos primeiros a serem investigados pela nova comissão.
Wadih Damous afirmou ter recebido informações do Disque-Denúncia (2253-1177) sobre os supostos artefatos que teriam sido colocados no edifício por um militar da reserva, em represália à sua posse. A pessoa que jogou a bomba ainda não foi identificada.
A Central de Atendimento da OAB recebeu uma ligação do Corpo de Bombeiros, por volta das 15h30m, alertando sobre a ameaça de explosão de três bombas no prédio. Segundo informaram, foi feita uma ligação para a corporação a fim de confirmar a origem do telefonema. Quando o esvaziamento do prédio já tinha sido ordenado, ouviu-se o barulho da explosão do ‘cabeção-de-nego’ no oitavo andar. A evacuação do edifício tranquila e os bombeiros teriam agido rapidamente.
Um trecho da Avenida Marechal Câmara foi interditado parcialmente, após acesso pela General Justo, no Centro. O trânsito é intenso no local.
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