Hospitais dizem que número de doações de leite caiu nos últimos meses. 50 mulheres faziam a doação no HUJM, hoje somente 10.
Mato Grosso tem dois bancos de leite para atender demanda do estado
Em Mato Grosso, apenas dois bancos de leite atendem os recém-nascidos de todo o estado. Eles estão localizados em Cuiabá e outro em Rondonópolis, a 218 quilômetros da capital. Além dos poucos postos de coleta, o ideal seria que existisse no mínimo, mais duas unidades no estado.
O banco de leite do Hospital Universitário Júlio Muller (HUJM), em Cuiabá, conta atualmente com 10 mulheres que fazem a doação regularmente. O estoque do hospital é destinado a recém-nascidos prematuros e de baixo peso, internados nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) de hospitais da Baixada Cuiabana.
“Se toda mãe se sensibilizasse na doação, nós teríamos um volume maior. Em algumas épocas, já tivemos 50 mães doadoras ativas”, lamenta a nutricionista Marli Uecker. No município de Várzea Grande, região metropolitana da capital, o posto de coleta funciona no Pronto-Socorro. As mães que estão com bebês internados na UTI neo-natal podem retirar o leite para seus filhos.
No Hospital Geral Universitário (HGU), cerca de 20 litros de leite atendem as crianças em tratamento nos 25 leitos, além do repasse feito aos outros hospitais da Grande Cuiabá. “Estamos muito além da necessidade, porque, além do hospital, queremos atender a todas as UTIs neo-natais, pelo menos de Cuiabá e Várzea Grande” disse Janaína Vasconcelos, diretora do Banco de Leite do HGU. A diretora acredita que deveriam existir bancos em cidade estratégicas que formariam um rede de coleta.
O Ministério da Saúde informou que vai usar cerca de R$11 milhões para reajustar os valores pagos pelos procedimentos feitos por bancos de leite, reformar e construir outras cinco unidades até o fim do ano. Para receber os recursos, os municípios devem apresentar propostas no início do segundo semestre.
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