Academia em que mulheres foram eletrocutadas não tinha alvará de funcionamento
O Corpo de Bombeiros afirmou que a Academia Aquariu’s, onde na última segunda-feira (17) duas mulheres foram eletrocutadas, sendo que uma morreu, não possui alvará contra incêndio e pânico. De acordo com os militares, o documento é obrigatório para garantir a segurança dos clientes.
As mulheres que praticavam hidroginástica receberam a descarga elétrica enquanto estavam em aulas junto com outras alunas. Deonise Terezinha Galupi, 44, não resistiu e morreu na hora. Ana Matinha dos Santos, 63, teve que ser medicada no Pronto Socorro de Várzea Grande e na noite de ontem recebeu alta médica.
De acordo com o Boletim de Ocorrência, houve uma fuga de energia vinda de aparelhos elétricos, que teria provocado o choque. No momento do choque, as vítimas estavam apoiadas em uma barra de ferro, que fica ao lado da piscina.
O Corpo de Bombeiros informou que é necessária a renovação anual do alvará contra incêndio e pânico, e em 2013 a Aquariu’s Academia não requisitou o documento. Pelo que consta no histórico da instituição militar, os proprietários nunca obtiveram a autorização.
A fuga de energia teria ocorrido dos refletores que fica ao redor da piscina. O major Martins disse que toda parte que passa corrente elétrica próximo a reservatórios de água tem que ser, obrigatoriamente, isolada. “Se tem água e fios com corrente elétrica, esses fios precisam ser isolados. De preferência, nem deixar tão próximo, pois pode ocorrer o que aconteceu em Várzea Grande”, contou o militar.
Por causa do risco iminente a outros alunos, o Corpo de Bombeiros resolveu interditar a academia e suspender a energia do local. O alvará contra incêndio e pânico é obrigatório nas edificações e em locais de grande fluxo de pessoas. O local passou por uma perícia na data de ontem e ainda nesta semana os Bombeiros irão até o local fazer uma nova vistoria.
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