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Cidades
Sábado - 20 de Julho de 2013 às 07:00

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O secretário Extraordinário da Copa, Maurício Guimarães, se reuniu com dirigentes da Caixa Econômica Federal (CEF) para discutir uma possível alternativa à negativa do banco em conceder um empréstimo de R$ 120 milhões ao governo do Estado para conclusão das obras da Arena Pantanal.

Segundo o secretário de Comunicação do Estado, Carlos Rayel, o encontro ocorreu ontem (18). Ele garante que não haverá a necessidade de um novo projeto autorizando o empréstimo passar pela Assembleia Legislativa.

“Estamos tentando uma mudança na linha de crédito e de financiamento. Antes, a linha era adequada, mas há poucos dias a Caixa mudou o sistema para financiar os estádios”, explica Rayel.

A proposta foi alvo de críticas dentro do Parlamento. Para o deputado Zeca Viana (PDT), que pediu vista do texto aprovado na semana passada autorizando a captação do recurso, a recusa do banco é apenas um reflexo de falta de planejamento do governo.

“O governo tem que ser transparente e mostrar aos deputados, que devem fiscalizar os atos, quanto está sendo gasto. Digo isso porque, de início, disseram que gastariam R$ 400 milhões. Agora já está na casa dos R$ 590 milhões e estão falando por aí que este estádio vai chegar aos R$ 800 milhões”, critica o parlamentar, que acredita que a mensagem precisará sim de um novo aval do Legislativo.

A Caixa rejeitou o pedido de empréstimo porque o Estado tentou acessar recursos do CPAC, uma linha de crédito vinculada ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O programa, no entanto, serve para financiar obras emergenciais de infraestrutura, com a prioridade para saneamento, habitação, transporte, energia e recursos hídricos. A Caixa argumentou que “não existe nenhuma operação de crédito para estádio de futebol”.

Os R$ 120 milhões seriam aplicados na implantação de tecnologia da informação e dos assentos da Arena Pantanal. Tal informação foi o que motivou Zeca Viana a pedir esclarecimentos quanto à dívida que o Estado já acumulou em função das obras para o Mundial de 2014.

O deputado chegou a ameaçar “prender” o projeto até receber uma resposta, mas acabou cedendo diante da urgência do Executivo em aprovar a medida. “O estádio tem que ser feito agora. Não podemos impedir o andamento, mas sou contra a forma que o governo está administrando, sem transparência”, pondera.

Para o pedetista, está claro que o endividamento do Estado é impagável. Só junto ao Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), segundo ele, a dívida já estaria em R$ 1,57 bilhão. O montante é referente apenas a investimentos nas obras da Copa de 2014.
 






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