Vítima de bomba comemora alta : "Cicatriz passa"
A polícia prendeu na tarde desta terça-feira (13), um dos suspeitos do atentado à bomba que deixou seis pessoas feridas em Jacobina, na Bahia.
Segundo informações do Coordenador da 16ª Coordenadoria de Polícia Civil na região, Fábio Santos, o suspeito é ex-namorado de uma das vítimas atingidas. Na ação, seis pessoas ficaram feridas.
"Ele é ex-namorado da vítima que está em estado grave em salvador. O relacionamento se desfez e ele já tinha ameaçado ela por várias vezes. Ele foi visto também fazendo o artefato e arremessou em direção à vítima. Ele nega, mas as provas apontam que foi ele", disse Fábio Santos.
De acordo com informações da polícia, uma dupla em uma moto foi até o restaurante Cuscuz.com Recheio e jogou uma bomba caseira, conhecida como coquetel molotov. O restaurante ficou totalmente destruído. O caso aconteceu no dia 9 de agosto.
Vítimas
Mesmo com as marcas no rosto, no corpo e na memória, Rebeca Coelho sorri. Ela é uma das vítimas do atentado a bomba. Ela e mais duas pessoas receberam alta médica na segunda-feira (12).
“Eu estou viva. As cicatrizes, com o tempo, passam. Eu queria agradecer muito ao apoio dos meus amigos, que em todo o momento me ligavam. Foi muito importante, foi muito bom”, diz
"Eu me recordo muito das meninas, principalmente da força. A menina de 9 anos com praticamente 80 % do corpo queimado, ela em nenhum momento chorava lá no hospital. Ela dava força para todo mundo e ela estava muito preocupada com o pai. Ela perguntava se estávamos bem. Camila (outra vítima), estava mais nervosa, com a boca cheia de sangue e muito queimada também”, conta.
Vítima de atentado mostra queimaduras nas
pernas (Foto: Reprodução / TV Bahia)
Outra vítima, que prefere não se identificar, protegeu Rebeca durante a explosão. As marcas ficaram no corpo, no braço e na perna.
“Foi rápido demais, só deu tempo de ver a bomba e minha amiga que estava perto de mim, eu peguei no pescoço dela e joguei meu corpo em cima do dela, para proteger. Me recordo que, quando olhei para trás, vi a menina, a mais velha de 18 anos, pegando fogo nas mãos e o pai, que já tinha saído, retornou para pegar a criança, que estava se batendo, sem chorar nem nada, só se batendo. E ele saiu com a menina na mão e depois não me lembro de mais nada, só de estar no hospital”, conta.
O caso
De acordo com a Polícia Militar da cidade, por volta das 22h de quinta-feira (8), uma dupla em uma moto foi até o restaurante Cuscuz.com Recheio e jogou no estabelecimento uma bomba caseira, conhecida como coquetel molotov. O crime ocorreu na praça Dois de Julho, no centro da cidade. O restaurante ficou totalmente destruído.
Além das irmãs que foram trazidas queimadas para Salvador, outras pessoas de 19, 22, 26 e 36 anos, foram socorridas e encaminhadas para o Hospital Antônio Teixeira Sobrinho, em Jacobina.
O delegado José Rogério conduz as investigações do caso. De acordo com informações da polícia, uma das hipóteses é que o crime pode ter sido motivado por alguma vingança.
Comentários