Cresce número de crianças internadas por vírus respiratório
O Boletim InfoGripe, divulgado pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) nesta terça-feira (4), mostra que aumentou muito em 15 estados o número de crianças internadas por vírus respiratório.
O crescimento do número de internações de adultos por Covid-19, segundo o boletim, é observado em dez estados e atinge com risco muito maior aqueles que estão em atraso com o calendário de vacinação ou nem sequer foram imunizados com a primeira dose da vacina.
A análise consta dos dados inseridos no Sivep-Gripe (Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe) e refere-se à SE (Semana Epidemiológica) 12, de 19 a 25 de março.
O estudo mostra que em oito estados — Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio e Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo — e no Distrito Federal houve aumento dos casos de Covid-19 em todas as faixas etárias.
Já no Amapá, Espírito Santo, Maranhão, Sergipe e no Tocantins, o aumento é no número de internações por vírus respiratório, e está concentrado basicamente nas crianças.
O pesquisador e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, recomenda que se a criança estiver com sintoma de infecção respiratória o ideal é não mandá-la para a escola ou creche. “Dessa forma podemos tentar frear a disseminação do vírus respiratório em crianças”, alerta.
Até hoje, o país registra um percentual muito elevado de crianças que não foram vacinadas contra a Covid-19.
O pesquisador lembra aos pais ou responsáveis que, por mais que a Covid-19 atinja com maior intensidade os adultos, os pequenos não vacinados também correm um risco importante de contrair a doença.
“A melhor forma de proteção é tomar a vacina e usar boas máscaras, especialmente quem está com sinal de infecção respiratória ou quem vive com alguém que faz pate do grupo de risco”, esclareceu Gomes.
Casos
Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos com resultado positivo para vírus respiratórios foi de 46,2% para Sars-Cov-2 (Covid-19), 3,3% para influenza A, 3,7% para influenza B e 36,2% para vírus respiratório.
Entre os óbitos, a presença do vírus foi de 82,7% para Covid-19, 4,6% para influenza A, 3,6% para influenza B e 6,1% para vírus respiratório.
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