Acusado de explodir carro-forte em MT é absolvido pela Justiça Lindomar Alves de Almeida, o 'Nenezão' respondia por quatro crimes. Processo tramita na Vara Contra o Crime Organizado de Cuiabá.

Sete ladrões são suspeitos de atacar e explodir

cofre de carro-forte em MT (Foto: Thielli Bairros)

O réu Lindomar Alves de Almeida, o 'Nenezão', foi absolvido na Justiça da acusação de ter mandado explodir um carro-forte, seguido do roubo de R$ 1,5 milhão do veículo, na BR-364, em Mato Grosso. O crime ocorreu em junho de 2012. O processo tramita na Vara Contra o Crime Organizado de Cuiabá (7ª Vara Criminal). O acusado respondia pelos crimes de associação criminosa, roubo, explosão e receptação. A mulher dele também foi inocentada. O outro réu na ação foi condenado a 30 anos e dois meses de reclusão.

Em depoimento à juíza Selma Rosane dos Santos Arruda, da 7ª Vara Criminal, em julho do ano passado, Nenezão negou ter participado do crime ocorrido na rodovia federal. O acusado disse à magistrada que não tinha armamento pesado, como afirmavam o Ministério Público do Estado e a Polícia Civil, e que não estava no estado quando a explosão e o roubo ocorreram.

Nenezão está preso no presídio federal de Catanduvas (PR) desde setembro de 2014, após pedido da Polícia Civil e da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos. Considerado de alta periculosidade, ele é suspeito também de ter cometido mais de 20 roubos a banco no estado, alguns deles na modalidade 'Novo Cangaço' - quando os assaltantes fazem as vítimas de escudo humano para cometer crimes. Ele responde a outras ações na Justiça.

O acusado fugiu da Penitenciária Central do Estado (PCE) em 2004 e só voltou a ser preso novamente em novembro de 2012, na Bahia. Ele era procurado ainda por roubos a bancos cometidos no Pará, Bahia, Ceará, Sergipe, Goiás e Tocantins.

O crime
A explosão próximo a Diamantino, a 209 km de Cuiabá. Um bando em uma caminhonete roubada 'fechou' um dos dois carros-fortes que trafegavam na rodovia e começou a atirar. Os vigias que estavam no veículo abordado pelos criminosos entraram em contato com os ocupantes do outro carro-forte, que estava a poucos metros à frente.

Esse segundo carro-forte voltou e bateu na caminhonete, iniciando uma troca de tiros. Os vigias dos dois carros fugiram e se esconderam no mato. Então, os bandidos explodiram o primeiro carro-forte abordado, roubaram o dinheiro e fugiram.