Juventude e violência O que estamos fazendo com nossos jovens?
Relembre alguns títulos de notícias que vimos recentemente:
“Professor é preso acusado de abusar de crianças em escola municipal”.
“Professor é investigado por suposto assédio a crianças em escola estadual”.
“Aluno invade escola e mata professores e alunos a facadas”.
“Adolescente invade creche e mata funcionárias e crianças no local”.
“Ex aluno invade escola e realiza massacre a tiros contra ex-colegas de classe”.
“Jovem entrega Bombril como presente de dia das mulheres a uma professora”.
“Professora é filmada xingando e sendo xingada por alunos em uma escola, em meio a discussão”.
“Aluna agride professora em sala de aula”.
“Adolescente mata a mãe por não fazer jantar”.
“Adolescente mata irmão de 4 anos”.
Fora diversos casos de brigas e agressões físicas que envolvem alunos dentro e fora das escolas; e o envolvimento de menores com o crime organizado que cresce a cada dia.
Talvez seja apenas o fenômeno da ação governamental mais atuante que faça com que tenhamos mais notícias dos casos hoje do que já tivemos algum dia.
Talvez seja o reflexo da pandemia.
Talvez um dano colateral de uma sociedade que está cada vez mais acelerada onde a família perde espaço para o trabalho; para estudos; para diversão ou vício como controle do estresse; para o fanatismo religioso; para o vício e dentre eles o das mídias sociais e jogos virtuais; ou mesmo para a pornografia. Aliás, você já notou o quanto seu consumo subiu?
A verdade é que nossa sociedade está cada vez mais violenta, isso é fato. O que tem predominado é a insegurança generalizada.
A sensação que tenho é que estamos naturalizando esta situação. Ou você ainda se assusta com notícias como esta? Não, eu sei. Mas não podemos nos naturalizar.
Eu tenho dito que o melhor caminho é a educação, é o trabalho conjunto de escolas e demais representantes da sociedade, tanto do setor público, privado ou não governamental, unidos, em prol de atividades rotineiras de palestras, dinâmicas de estudo onde o aluno seja participante ativo, com culminâncias entre as escolas no decorrer do ano, com envolvimento da mídia e das potências empresariais fazendo nosso espaço de propaganda de rádio e TV também veicular materiais e eventos educativos com temas contra a violência de todos os tipos, valorização e respeito ao professor, a mulher, a polícia, e o desprezo as mazelas da criminalidade.
Ou fazemos isso, com vontade, com força e determinação, com frequência e de modo persistente, ou não teremos outro cenário, se não um Brasil que se torne uma Colômbia, um México, uma Venezuela, ou um Haiti (não demora muito) no quesito criminalidade.
Só uma coisa, depois de chegar a este estágio, será tarde demais.
Que Deus nos abençoe.
Ricardo Augusto de Oliveira é servidor público da Educação de Mato Grosso
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