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Opinião
Quarta - 31 de Julho de 2013 às 15:31
Por: Onofre Ribeiro

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Estamos enfrentando grandes dificuldades para compreender e trafegar nas profundas transformações pelas quais passa o mundo, o Brasil e o nosso estado. Compreender que encerrou os ciclos do capitalismo e do socialismo radicais para um tempo em que as pessoas sejam o centro de tudo, é muito complexo. Leva um tempo pra ser compreendido. O espírito do século 21 é esse mesmo: o humanismo.

Na realidade, ele vem sendo construído desde os hippies dos anos 1960 com suas atitudes de paz e amor e o espírito da Era de Aquarius. Em 1989 a queda do Muro de Berlim marcou o começo das imensas mudanças, e junto veio a tecnologia dos computadores, para uso civil, as redes de comunicação e novos modos de produção. O mundo nunca mais seria e nem será o mesmo.

O que seria esse humanismo do século 21, perguntaria o leitor. É o casamento do espírito do capital, com a inclusão das pessoas dentro dos viveres, o equilíbrio na relação com todas as faces do meio ambiente, e o respeito aos valores culturais de todas as gentes. É uma equação complexa demais para ser compreendida em décadas, porque derruba tudo que se construiu desde a Revolução Industrial, a partir de 1850.
 


"O humanismo vem sendo construído desde os hippies dos anos 1960, com suas atitudes de paz e amor e o espírito da Era de Aquarius"
 

O humanismo pede a convivência do capital, das pessoas, do meio ambiente e dos valores culturais, em crescente harmonia até um ideal de felicidade que sempre povoou o inconsciente humano. Aliás, o Papa Francisco revelou no Brasil a tese do humanismo dentro da Igreja Católica durante sua visita ao Brasil. Creio que foi aqui que ele construiu por completo esse conceito que multiplicará para o catolicismo e para a fé no mundo, independente de credos. O humanismo não é uma loucura psicodélica como sonhou a juventude dos anos 1960, revoltada com o capitalismo voraz de então.

É um conceito futurista dotado de simplicidade, de ideais, de fé raciocinada e com uma extrema capacidade de contaminar velhos conceitos para uma releitura de que o homem, a vida e o planeta são muito maiores do que ideologias econômicas ou políticas que marcaram esses dois últimos séculos.

As manifestações de rua recentes no Brasil disseram isso, ainda que de maneira inconsciente, que todos desejamos o mesmo ideal humanista, como um novo movimento de civilização no planeta Terra.


ONOFRE RIBEIRO é jornalista em Mato Grosso



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