JÚLIO CAMPOS NETO
Fracassamos? As obras da Copa inauguradas apresentam qualidade inferior ao ruim
Ao andar pelas ruas das cidades de Cuiabá e Várzea-Grande e faltando menos de 100 dias para a abertura da Copa do Mundo de futebol no Brasil, uma pergunta simples e direta incomodou o pensamento mais do que os buracos e transito nas cidades. Fracassamos?
A Copa do Mundo é um evento internacional e uma grande janela de oportunidade para países, cidades e povos demonstrarem capacidade de planejamento, execução, dinamismo e inovação. O mundo estará de olho não só nas partidas da copa e sim no Brasil das suas belezas naturais e povo feliz.
Aonde muitos acham até que Deus é brasileiro. Milhões de pessoas acompanharão os jogos e as cidades por todos os modelos de veículos de comunicações. Inúmeros turistas nacionais e internacionais irão se deslocar de suas cidades para assistirem os jogos nas cidades sedes. Facebooks e Instagrans de cidadãos do mundo inteiro estarão vinculando imagens da copa brasileira.
E como estamos hoje? As nossas ruas estão quase intransitáveis por causa do modal de transporte alterado na última hora, por desejo e capricho de uns em detrimento ao planejamento inicial.
As obras inauguradas apresentam qualidade inferior ao ruim, deixando de legado a todos nós a marca da vergonha e incompetência. Chega ao cúmulo de uma das obras desabar e virarmos novamente manchetes nacionais e internacionais.
Estamos atrasados na entrega do nosso Estádio, segundo o cronograma da FIFA Éramos para termos entregue a obra em Dezembro de 2013 e estamos adentrando em Março sem uma data certa para a entrega e inauguração do mesmo. As duplicações, os viadutos, na verdade quase todas as obras para a copa apresentam algum tipo de problema ou necessidade de ajustes.
Faltou seriedade por parte do governo na cobrança de uma execução de qualidade por parte das empresas contratadas para a construção das obras da Copa.
Os nossos pontos turísticos, que poderiam ser o nosso diferencial, não receberam os investimentos prometidos. A transpantaneira está abandonada, não houve incentivos para o surgimento de novos negócios voltados ao turismo ecológico e aos serviços necessários para os turistas irem embora com uma boa/ótima impressão da nossa cidade. Mato-Grosso foi mal divulgado nesses últimos anos, tanto para o mercado nacional como para o mercado internacional.
Não preparamos nossos museus e nem apoiamos a nossa classe cultural.
Agora, aquela pergunta simples e direta, no ponto de vista do turista está respondida?
JÚLIO CAMPOS NETO é administrador de Empresas e pós-graduado em Gestão de Negócios pela Faculdade Trevisan
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