PP, de fiel da balança a complicador

O que torna a política extremamente surpreendente em todos os sentidos são as possíveis mudanças, que acontecem, em função de uma série de possibilidades, entre as quais a criação de Leis, como a da Ficha Limpa criada em 1990, e sancionada no Governo Lula sem vetos, para complementar a Constituição de 1988. Esta mesma Lei tornou inelegível, no último sábado 31 de Julho, o candidato à reeleição à Câmara dos Deputados Pedro Henry (PP).

O que a população precisa entender, é que, nosso país felizmente vem passando por um profundo processo de mudança, principalmente no que tange a aplicabilidade e criação de novas leis, entre as quais a da Ficha Limpa, criada, em 1990 e sancionada no Governo Lula, sem vetos. O Palácio do Planalto deixou para o Judiciário resolver todas as dúvidas quanto à aplicação da legislação, se a mesma já seria implantada em outubro, ou nas próximas eleições.

É bom que se diga esta conquista, não é fruto da benesse do Governo Lula, a maior motivação se deu, em função da mobilização popular, buscando restabelecer a ordem e probidade, para que os futuros postulantes a cargos eletivos tenham um mínimo de decência e honestidade. Tal fato redundou em uma mobilização, envolvendo 1,6 milhões de assinaturas favoráveis a estas mudanças, e que a mesma, já entrasse em vigor a partir desta eleição.

Até o momento em todo o país, a Lei da Ficha Limpa já indeferiu 20 candidaturas, e poderá chegar a mais de 338 candidatos. Em nosso Estado, no último sábado 31 de Julho, foi indeferida a candidatura à reeleição à Câmara dos Deputados, do postulante ao cargo Pedro Henry (PP), pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso, que em votação unânime, decidiu pela impugnação da candidatura do mesmo.

O Partido Progressista (PP) em nosso Estado vinha sendo decantado como fiel da balança, àquele partido, que por apresentar alguns candidatos com uma votação expressiva, poderia ser o grande diferencial nesta eleição. Até antes dessa decisão histórica, havia a previsão de que o (PP) elegesse entre dois e três deputados federais, depois deste feito, existe a possibilidade de quando muito a eleição de apenas um, e olha lá, não se assustem se não fizer nenhum, isso se dá, em função do quociente eleitoral, para deputado federal que é de 200 mil votos.

No andar da carruagem, com a aprovação da Lei da Ficha Limpa, por certo o Partido Progressista (PP) poderá sofrer novas baixas, ainda na proporcional, desta feita para deputado estadual. Não vamos antecipar nada, afinal não temos bola de cristal para isso, falamos apenas em cima de fatos reais e palpáveis, conjecturar, fica por conta dos outros, preferimos pautar pela verdade.

No frigir dos ovos, esta Lei veio mesmo para moralizar a coisa pública, embora ainda esteja em fase embrionária, por certo os reflexos serão sentidos em breve, desta forma poderemos separar o joio do trigo. E tais indeferimentos de candidaturas só aconteceram graças a uma série de denúncias oferecidas pelo Ministério Público Estadual, e encaminhadas ao (TER), e isto vem sendo feito de forma sistemática. Cabe aos denunciados amplo direito de defesa, junto à instância maior o (TSE), durma-se com um barulho desses.
Pare o mundo, quero descer


Professor Licio Antonio Malheiros Geógrafo e Pós-Graduado em Didática do Ensino Superior. (liciomalheiros@yahoo.com.br)