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Criticidade Por Encanto
É curioso, e, até tragicômico, a mudança de opinião e/ou de posição dos políticos. Tal mudança se dá, muitas vezes, ou na preparação ou no auge das disputas político-eleitorais. Influenciados que são pelos interesses particulares. Vejam, por exemplo, a aliança entre o ex-prefeito cuiabano, agora candidato ao governo do Estado, e os irmãos Campos, que “eram” ferrenhos adversários. Mas o caso mais emblemático é mesmo o que envolve o socialista e o pedetista, concorrentes a governadoria e a vice-governadoria, respectivamente. Eles sempre se colocaram como apoiadores da atual administração regional, além de integrarem o grupo de amigos do ex-governador e candidato ao Senado. Aliás, o pedetista chegou a ser secretário de Desenvolvimento Rural, tão logo deixara a prefeitura de Lucas de Rio Verde.
Agora, no entanto, apresenta-se para a população como o grande “crítico” da então administração. “Não poupa ninguém”. Aponta “falhas de gestão” e de “condução” dos negócios públicos. Traz, portanto, um diagnóstico bastante ruim. Pois, segundo suas palavras, “existem falhas” em tudo.
Estranho comportamento! Isso porque, quando no governo, esse empresário não demonstrava ter um olhar tão cuidadoso, capaz de perceber os erros que, por certo, ele mesmo ajudou a cometê-los.
Esqueceu dos “desacertos”, inclusive, na Assembléia Legislativa. A imensa maioria de seus discursos, em plenário, constituía um “rosário de elogios” a forma que as coisas públicas regionais vêm sendo conduzidas. Exceto uma ou outra frase negativa, utilizada mais para pressionar e a levar o governo a ceder dada “reivindicação”, que lhe era bastante “cara”.
Dizia, portanto, “amém” a tudo, ou a quase tudo; assim como faziam todos os seus pares. “Motivo” que levou o presidente do PPS-MT a “taxá-los”, e a si próprio, de “caititu”.
Termo que não pegou, ou se pegou, nenhum dos parlamentares se fez de culpado. Continuaram a se portar do mesmo modo, favoráveis ao governo. Refrão seguido por vários segmentos da população, entre os quais pessoas ligadas a FIEMT, encabeçadas pelo candidato e empresário-socialista. A saída deste do PR para o PSB nada tem a ver com a condução do governo.
Quadro que ficaria, assim, estático, sem qualquer mudança. Caso as eleições não fossem neste ano.
As disputas, dessa forma, mexeram com comportamentos. Ainda que contraditórios. Encaixam-se nesses últimos o do presidente do PPS-MT, o do empresário-socialista e o do empresário-pedetista. Juntos e coligados, com intuito apenas de disputarem a poltrona central do Palácio Paiaguás. Mesmo contra quem era, por eles, tido como parceiro.
Parceria ignorada. Também, pudera, se está em plena campanha eleitoral, onde os “amigos” de ontem são tidos como “inimigos”, e os “inimigos” do pretérito são considerados “amigos” do presente.
Situação que explica, sem justificar, é claro, o “olhar crítico” tanto do socialista quanto do pedetista. Criticidade “despertada” por conta de seus interesses particulares, recentemente em jogo, que estão bem longe de constituírem nos interesses e anseios da coletividade ou da sociedade, como uma forma unicamente de discurso ideológico.
Lourembergue Alves é professor universitário e articulista de A Gazeta, escrevendo neste espaço às terças-feiras, sextas-feiras e aos domingos. E-mail: lou.alves@uol.com.br
Agora, no entanto, apresenta-se para a população como o grande “crítico” da então administração. “Não poupa ninguém”. Aponta “falhas de gestão” e de “condução” dos negócios públicos. Traz, portanto, um diagnóstico bastante ruim. Pois, segundo suas palavras, “existem falhas” em tudo.
Estranho comportamento! Isso porque, quando no governo, esse empresário não demonstrava ter um olhar tão cuidadoso, capaz de perceber os erros que, por certo, ele mesmo ajudou a cometê-los.
Esqueceu dos “desacertos”, inclusive, na Assembléia Legislativa. A imensa maioria de seus discursos, em plenário, constituía um “rosário de elogios” a forma que as coisas públicas regionais vêm sendo conduzidas. Exceto uma ou outra frase negativa, utilizada mais para pressionar e a levar o governo a ceder dada “reivindicação”, que lhe era bastante “cara”.
Dizia, portanto, “amém” a tudo, ou a quase tudo; assim como faziam todos os seus pares. “Motivo” que levou o presidente do PPS-MT a “taxá-los”, e a si próprio, de “caititu”.
Termo que não pegou, ou se pegou, nenhum dos parlamentares se fez de culpado. Continuaram a se portar do mesmo modo, favoráveis ao governo. Refrão seguido por vários segmentos da população, entre os quais pessoas ligadas a FIEMT, encabeçadas pelo candidato e empresário-socialista. A saída deste do PR para o PSB nada tem a ver com a condução do governo.
Quadro que ficaria, assim, estático, sem qualquer mudança. Caso as eleições não fossem neste ano.
As disputas, dessa forma, mexeram com comportamentos. Ainda que contraditórios. Encaixam-se nesses últimos o do presidente do PPS-MT, o do empresário-socialista e o do empresário-pedetista. Juntos e coligados, com intuito apenas de disputarem a poltrona central do Palácio Paiaguás. Mesmo contra quem era, por eles, tido como parceiro.
Parceria ignorada. Também, pudera, se está em plena campanha eleitoral, onde os “amigos” de ontem são tidos como “inimigos”, e os “inimigos” do pretérito são considerados “amigos” do presente.
Situação que explica, sem justificar, é claro, o “olhar crítico” tanto do socialista quanto do pedetista. Criticidade “despertada” por conta de seus interesses particulares, recentemente em jogo, que estão bem longe de constituírem nos interesses e anseios da coletividade ou da sociedade, como uma forma unicamente de discurso ideológico.
Lourembergue Alves é professor universitário e articulista de A Gazeta, escrevendo neste espaço às terças-feiras, sextas-feiras e aos domingos. E-mail: lou.alves@uol.com.br
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