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Opinião
Sábado - 18 de Dezembro de 2010 às 15:44
Por: Paulo Zaviasky

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Os bancos privados foram aquinhoados pelo governo federal desde sempre. Os sindicalistas que se tornaram donos do Brasil se armaram paradoxalmente de espingardas de chumbo grosso e atiram naqueles seus próprios companheiros que levantam bandeiras estatais.

É a velha história daqueles que clamam pela liberdade do pensamento e matam aqueles que pensam o contrário. Os bancos privados debocham do povo e das “autoridades” nunca atendendo às leis da nação e, muito menos, das autoridades monetárias.

Para quaisquer movimentações legais, os cidadãos ficam à mercê dos bancos particulares que vivem de escândalo em escândalo, sugando os dinheiros dos cofres oficiais em forma de “ajudas” para não quebrarem e ainda impondo a regra das propinas. Mesmo que quebrem os bolsos do povo. O mais recente é o escândalo do banco Santander, tentando quebrar, como sempre, os bolsos do povo, para que alguns de seus donos – e somente eles - façam a farra do boi por este mundão de meu Deus.

Há normas legais, leis rígidas e constitucionais que obrigam todos os poderes a movimentarem suas contas oficiais no Banco do Brasil ou nos órgãos oficiais.

Sabem o que todos os órgãos públicos daqui fazem? Abrem suas contas em bancos particulares, mesmo sabendo sobre a lei que impõe sanções severas contra e sobre essa grave ilegalidade.

Mas, também paradoxalmente, o povo urra contra o Banco do Brasil. Com razão. Extremamente burocrático. Se você abrir uma conta no BB você não é mais dono dela. Para uma simples movimentação de sua conta, via telefone, incentivado pelo próprio BB, você tem que passar pela triagem e o crivo de uma telefonista que não ganha para isso, não é treinada para isso e representa uma afronta legal, pois ela é proibida de fazer perguntas confidenciais ou orientar clientes em nome do banco, pois é “terceirizada”, ou seja não é funcionária do BB.

Exige seu nome, o número de sua conta, o assunto que quer tratar com a gerente de sua conta, seu RG, CIC, fator RH de seu sangue, se tem lombriga e faz uso de lombrigueiro, se é casado ou solteiro, o seu telefone e, pasmem, depois de você implorar tudo, ela o manda desligar e aguardar o retorno. Depois de dias, ao verificar que a aplicação/movimentação não fora feita, ninguém é culpado. A telefonista, a partir desse momento de apuro pelo esquecimento do recado que ela, a bem da verdade, não tem tal obrigação, diz que você, cliente, está louco, velho ou com a doença de Alzheimer. Uma arapuca de bico que não tem como sair dela, pois tudo não passa de mentiras. Da gente.

Se você telefona antes das onze horas, ninguém atende porque o BB só abre às onze. Se disca às onze, a gerente de sua conta está na hora do almoço. Se disca mais tarde, a funcionária/o já foi embora. Que fazer? Transferir seu dinheiro, quase um mil reais, todinho, embora pouco, para bancos privados?

É sair da frigideira para cair no fogo!

Se algum cliente souber uma fórmula mágica para ser atendido por um funcionário do BB – Agência Alencastro, via fone, 3611-2200, em horário normal de expediente, sem ser questionado ou “atendido” por telefonista terceirizada, não funcionária, que entre em contato comigo e me ensine.

Notem que longe estou de criticar a telefonista terceirizada que deve ter recebido imposição ilegal para tal fim e muito menos contra funcionários exemplares do BB que fazem das tripas, o coração para que o BB esteja sempre no pódio das conquistas corretas que representam orgulho do Brasil. Citei um só mistério. Pontual. Dura mais de 15 anos. Quero conhecer os padrinhos desse esoterismo em Cuiabá.


PAULO ZAVIASKY
é jornalista
verpz@terra.com.br



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