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Opinião
Quinta - 15 de Agosto de 2013 às 17:06
Por: Paulo Gasparotto

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 A escolha de Cuiabá para ser uma das cidades-sedes de jogos da Copa do Mundo de futebol em 2014 abriu espaços de grande renovação urbana da Capital de 294 anos. De imediato apareceram gargalos históricos da cidade para serem superados, como a ampliação das vias urbanas congestionadas e inadequadas para os tempos atuais e profunda adequação do sistema de transportes urbanos de passageiros.
 
Mas talvez tenha sido o transporte coletivo quem gerou as maiores controvérsias, quando se optou por mudar o sistema BRT, inicialmente escolhido, para o Veículo Leve sobre Trilhos, o VLT.
 
O mais intransigente defensor do VLT foi o deputado José Riva, que enfrentou contrariedades e interesses e lutou a favor do sistema que acabou sendo aprovado a duras penas e graças ao seu trabalho. Ele se antecipou e teve uma visão futurista para Cuiabá. O VLT é um sistema de transporte público urbano que permitirá às classes trabalhadoras conhecerem uma nova realidade em transporte coletivo. Não é mais possível tratar a sociedade que usa transportes públicos dependendo de um tipo completamente ultrapassado. Todo mundo aspira mais. Mesmo em Curitiba onde o BRT foi adotado na década de 1970, já está ultrapassado e se busca novas opções.
 
As classes trabalhadoras e todos os usuários não podem mais depender do atual sistema de ônibus, causador de indignidades como assaltos e até estupros nas longas esperas que lhes comem até duas horas diárias. É tempo que poderiam dedicar a si mesmos, à família e à sua qualidade de vida.
 
Discutiu-se à época o custo de implantação do VLT, mas felizmente prevaleceu o bom senso de que ele influenciará profundamente no planejamento futuro de Cuiabá, podendo ser estendido a outras partes da cidade ou coordenar sistemas complementares de transporte urbano em distâncias menores com mais conforto e dignidade para os usuários.
 
Não podemos nos esquecer que nos próximos anos coisas como o VLT vão mudar o perfil da cidade. Existem políticos mais visionários com a capacidade de enxergar muito mais adiante do que a maioria. O deputado Riva teve essa visão futurista, elevando Cuiabá para um papel à sua altura, como capital e cidade moderna, para onde converge a grande economia do agronegócio, a indústria e a matriz cultural desse novo Mato Grosso que nos surpreende a cada ano. 
 
Cuiabá caminha para se tornar a principal cidade do Estado, prestadora de serviços de saúde, educação, bancos, negócios, gastronomia, turismo, comércio exterior, de logística, além de sediar os importantes órgãos da administração pública estadual e representações da administração federal.
 
A partir de modernidades como o VLT e a divulgação mundial a partir da Copa do Mundo, Cuiabá caminhará com mais facilidade para assumir esse seu papel de cidade moderna e de referência para um estado forte como Mato Grosso que ocupará espaços muito importantes dentro da economia regional do Centro-Oeste, do Brasil e do mundo, como produtor de alimentos e agregador de valor industrial.
 
Ao longo de toda a História, a modernidade e o progresso foram construídos a partir das necessidades novas surgidas em cada época. Agora não é diferente.
 
Paulo Gasparotto é empresário e presidente da Câmara de Dirigentes Logistas de Cuiabá


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