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Território além de seus limites
O Vaticano não é apenas visitado por católicos. Muitas pessoas ligadas a outras igrejas também estão por aqui. Inclusive quem não se filia a religião alguma. Tal interesse, evidentemente, extrapola os limites da sede do catolicismo, assim como igualmente vai além da figura papal. Pois se trata de um Estado no coração da capital romana, e isso atrai a atenção dos visitantes, que se sente atraído da mesma forma pelas obras de arte espalhada pelos museus existentes.
Isso mesmo. Não é apenas um museu. São vários museus, que se entrelaçam, formando um mundo aparte, com galerias, corredores e jardins. O que faz do caminhar mais do que uma aventura, bem mais que aulas de história. Afinal as páginas que se abrem, à frente, se estendem da pintura a escultura, da geografia a política, do renascimento até o moderno, passando pelo gótico e greco-romano. O que deixa o visitante maravilhado. Infelizmente, no entanto, a biblioteca – primeira na Europa em riqueza de manuscritos – se encontrava fechada. Havia uma amostra dos livros nela existente. Mas não é a mesma coisa. Frustração que, logo, foi esquecida quando se adentrou na Capela Sixtina – verdadeira pinacoteca, com pinturas do renascimento italiano. Entre os artistas, destacam-se Perugino, Botticelli, Guirlandaio e Cosimo Rosseli, que narram, ao seu jeito, o Antigo e o Novo Testamento.
Ao deixar-se a dita capela, dezoito salas se abrem, e no interior de cada uma delas, o belo se apresenta por inteiro. É emocionante visualizar quadros tão bem pintados. Sobretudo por artistas da qualidade de um Rafael, Tiziano, Caravaggio, Greco, Ronault. Estes são apenas alguns dos vários nomes que se podem cruzar.
Cruza-se, também, com esculturas. Produzidas por mãos tão habilidosas, que as referidas obras “só faltam falar”, uma vez que até os sinais das veias, músculos, costelas e expressões são perceptíveis com tamanha nitidez.
Encantamento que se estende a outras peças depositadas nas demais dependências. Pedras, objetos clericais ou não e carruagens. Estas têm a sua importância no enredo – o qual perderia bastante com a retirada de uma delas.
Cenário que se completam com o desenho arquitetônico dos prédios, tendo ao fundo um belo jardim, que servem, talvez, como moldura do conjunto constituído pela Basílica de São Pedro, as grutas sagradas, o tesouro, a cúpula, os museus e as capelas.
Percebe-se que o Vaticano não é apenas a Igreja, ou simplesmente a figura do Papa. Mas um trecho precioso da história da humanidade. Trecho esse que traz em destaque parte considerável da narrativa sobre a religião cristã, e se mistura com o progresso das artes.
Justifica-se, então, a presença de pessoas não-católicas, bem como a daquelas alheias a religião ou a credo algum, embora se saiba que as católicas formam a maioria dos visitantes.
Lourembergue Alves é professor universitário e articulista de A Gazeta, escrevendo neste espaço às terças-feiras, sextas-feiras e aos domingos. E-mail: Lou.alves@uol.com.br.
Isso mesmo. Não é apenas um museu. São vários museus, que se entrelaçam, formando um mundo aparte, com galerias, corredores e jardins. O que faz do caminhar mais do que uma aventura, bem mais que aulas de história. Afinal as páginas que se abrem, à frente, se estendem da pintura a escultura, da geografia a política, do renascimento até o moderno, passando pelo gótico e greco-romano. O que deixa o visitante maravilhado. Infelizmente, no entanto, a biblioteca – primeira na Europa em riqueza de manuscritos – se encontrava fechada. Havia uma amostra dos livros nela existente. Mas não é a mesma coisa. Frustração que, logo, foi esquecida quando se adentrou na Capela Sixtina – verdadeira pinacoteca, com pinturas do renascimento italiano. Entre os artistas, destacam-se Perugino, Botticelli, Guirlandaio e Cosimo Rosseli, que narram, ao seu jeito, o Antigo e o Novo Testamento.
Ao deixar-se a dita capela, dezoito salas se abrem, e no interior de cada uma delas, o belo se apresenta por inteiro. É emocionante visualizar quadros tão bem pintados. Sobretudo por artistas da qualidade de um Rafael, Tiziano, Caravaggio, Greco, Ronault. Estes são apenas alguns dos vários nomes que se podem cruzar.
Cruza-se, também, com esculturas. Produzidas por mãos tão habilidosas, que as referidas obras “só faltam falar”, uma vez que até os sinais das veias, músculos, costelas e expressões são perceptíveis com tamanha nitidez.
Encantamento que se estende a outras peças depositadas nas demais dependências. Pedras, objetos clericais ou não e carruagens. Estas têm a sua importância no enredo – o qual perderia bastante com a retirada de uma delas.
Cenário que se completam com o desenho arquitetônico dos prédios, tendo ao fundo um belo jardim, que servem, talvez, como moldura do conjunto constituído pela Basílica de São Pedro, as grutas sagradas, o tesouro, a cúpula, os museus e as capelas.
Percebe-se que o Vaticano não é apenas a Igreja, ou simplesmente a figura do Papa. Mas um trecho precioso da história da humanidade. Trecho esse que traz em destaque parte considerável da narrativa sobre a religião cristã, e se mistura com o progresso das artes.
Justifica-se, então, a presença de pessoas não-católicas, bem como a daquelas alheias a religião ou a credo algum, embora se saiba que as católicas formam a maioria dos visitantes.
Lourembergue Alves é professor universitário e articulista de A Gazeta, escrevendo neste espaço às terças-feiras, sextas-feiras e aos domingos. E-mail: Lou.alves@uol.com.br.
URL Fonte: https://arenapolisnews.com.br/artigo/630/visualizar/
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