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O Céu avisa o Brasil...
Cresci com a noção de patriotismo e disciplina que sempre foram aliados do otimismo tão decantado pelos heróis de nosso passado.
Um Rio de Janeiro de meus amores em que havia um corredor para os cuiabanos percorrerem ida e volta para estudos e conhecer o mundo. E o mundo era carioca.
A maioria dos cuiabanos do meu tempo podia não conhecer Capela do Piçarrão em Várzea Grande (MT), Bonsucesso ou Santo Antônio de Leverger (MT), mas conhecíamos detalhes do Pão de Açúcar, do Cristo Redentor, Morro da Urca e o carnaval carioca... Ah, o carnaval do Rio, um capítulo à parte. Era a capital da República
Amávamos, como amamos até hoje, o povo carioca de quem tanto herdamos o balanço da vida com sorrisos malabaristas e aquela pronúncia belíssima amparada num vernáculo impecável, talvez impulsionada pela escola do Rádio em sua época de ouro, através dos grandes locutores da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, impecáveis na formação cultural e artística de nosso povo que cultivava a língua pátria.
No mesmo acorde, todo mineiro é cuiabano, assim como todo cuiabano é mineiro. A ponte de concreto armado que une Minas Gerais à Cuiabá sempre foi brindada por nós. Houve época em que havia em Belo Horizonte (MG), a capital política do país, mais cuiabano que mineiro. Assim como em Cuiabá também teve seu período em que houve mais mineiro que cuiabano dentro do próprio coração cuiabano.
O mineiro e o cuiabano falam a mesma língua, usam a mesma arquitetura urbana. Temos, a maioria daqui, mais parentes lá do que cá. Parecemos caipiras e somos caipiras. Porém, não burros! Sintonizamos o mesmo tipo de pedra nos estilingues das diabruras e também sabemos picar fumo sentados à beira da estrada dando tempo ao tempo...
Mas, Cuiabá ainda leva uma vantagem humana também. Nossos ancestrais russos, lituanos, tchecoslovacos, italianos e, principalmente, os poloneses foram recebidos com carinho pelo sul maravilha, com o Paraná, SC e o Rio Grande do Sul que, anfitriões de primeira grandeza, amenizaram a luta pela sobrevivência desses povos que preferiram a paz e o carinho do Brasil e puderam edificar até o futuro desta terra cuiabana que, agora e também, recebe tantos patrícios descendentes daqueles heróis sobreviventes das guerras do mundo.
Quando vimos e ouvimos as músicas gaúchas, seus sonhos e suas tradições, sentimos no peito o carinho de nossa história de verdade de nossos ancestrais. Quem não gosta da música gaúcha ou é surdo ou nunca tomou o antigo sal de fruta ENO. Jovens extasiados cultivam e veneram a beleza das moças do sul maravilha que, acho, são espelhos do Sol em dia radiante e da Lua no luar do sertão e dos amores de sempre. Tudo ao mesmo tempo.
Portanto, repito, nasci e aprendi sob o signo do otimismo onde o mundo falava, quase reclamando, que Deus, talvez, teria sido injusto com a humanidade proporcionando tanta beleza da natureza por aqui, apesar dos maus políticos. O Brasil resiste e mostra ao mundo nossa invejável terra-maravilha abençoada por Ele.
De repente, abrem-se as cortinas do pecado original e a sua punição, só pode ser isso, aos descalabros e escândalos tão vergonhosos que abalam a nossa história.
Vejam o que está acontecendo no Brasil. Depois de tantas vergonhas de traficantes e bandidos, medo histórico pátrio, eis, agora, a própria natureza proporcionando, a exemplo do mundo, tantas mortes, tanta destruição. E, já temos tanta vergonha desses outros bandidos que nos fazem ajoelhar nessa covardia infinita desse congresso de políticos sem papel higiênico. Bandidos de todos os lados. Para onde olhamos, só bandidos.
Traficantes, ladrões, colarinhos brancos, sacolões, mensalões, impunidade, poderes fragilizados e também marginais, mentiras...
Deus deve ter dado uma satisfação aos povos do mundo que resistem a tudo sem natureza, mostrando que vai tirar essa dádiva divina deste Brasil envergonhado, desses homens podres... Podemos ficar, agora também, sem nossa única luz divina que é a natureza do Brasil.
* PAULO ZAVIASKY é jornalista
verpz@terra.com.br
Um Rio de Janeiro de meus amores em que havia um corredor para os cuiabanos percorrerem ida e volta para estudos e conhecer o mundo. E o mundo era carioca.
A maioria dos cuiabanos do meu tempo podia não conhecer Capela do Piçarrão em Várzea Grande (MT), Bonsucesso ou Santo Antônio de Leverger (MT), mas conhecíamos detalhes do Pão de Açúcar, do Cristo Redentor, Morro da Urca e o carnaval carioca... Ah, o carnaval do Rio, um capítulo à parte. Era a capital da República
Amávamos, como amamos até hoje, o povo carioca de quem tanto herdamos o balanço da vida com sorrisos malabaristas e aquela pronúncia belíssima amparada num vernáculo impecável, talvez impulsionada pela escola do Rádio em sua época de ouro, através dos grandes locutores da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, impecáveis na formação cultural e artística de nosso povo que cultivava a língua pátria.
No mesmo acorde, todo mineiro é cuiabano, assim como todo cuiabano é mineiro. A ponte de concreto armado que une Minas Gerais à Cuiabá sempre foi brindada por nós. Houve época em que havia em Belo Horizonte (MG), a capital política do país, mais cuiabano que mineiro. Assim como em Cuiabá também teve seu período em que houve mais mineiro que cuiabano dentro do próprio coração cuiabano.
O mineiro e o cuiabano falam a mesma língua, usam a mesma arquitetura urbana. Temos, a maioria daqui, mais parentes lá do que cá. Parecemos caipiras e somos caipiras. Porém, não burros! Sintonizamos o mesmo tipo de pedra nos estilingues das diabruras e também sabemos picar fumo sentados à beira da estrada dando tempo ao tempo...
Mas, Cuiabá ainda leva uma vantagem humana também. Nossos ancestrais russos, lituanos, tchecoslovacos, italianos e, principalmente, os poloneses foram recebidos com carinho pelo sul maravilha, com o Paraná, SC e o Rio Grande do Sul que, anfitriões de primeira grandeza, amenizaram a luta pela sobrevivência desses povos que preferiram a paz e o carinho do Brasil e puderam edificar até o futuro desta terra cuiabana que, agora e também, recebe tantos patrícios descendentes daqueles heróis sobreviventes das guerras do mundo.
Quando vimos e ouvimos as músicas gaúchas, seus sonhos e suas tradições, sentimos no peito o carinho de nossa história de verdade de nossos ancestrais. Quem não gosta da música gaúcha ou é surdo ou nunca tomou o antigo sal de fruta ENO. Jovens extasiados cultivam e veneram a beleza das moças do sul maravilha que, acho, são espelhos do Sol em dia radiante e da Lua no luar do sertão e dos amores de sempre. Tudo ao mesmo tempo.
Portanto, repito, nasci e aprendi sob o signo do otimismo onde o mundo falava, quase reclamando, que Deus, talvez, teria sido injusto com a humanidade proporcionando tanta beleza da natureza por aqui, apesar dos maus políticos. O Brasil resiste e mostra ao mundo nossa invejável terra-maravilha abençoada por Ele.
De repente, abrem-se as cortinas do pecado original e a sua punição, só pode ser isso, aos descalabros e escândalos tão vergonhosos que abalam a nossa história.
Vejam o que está acontecendo no Brasil. Depois de tantas vergonhas de traficantes e bandidos, medo histórico pátrio, eis, agora, a própria natureza proporcionando, a exemplo do mundo, tantas mortes, tanta destruição. E, já temos tanta vergonha desses outros bandidos que nos fazem ajoelhar nessa covardia infinita desse congresso de políticos sem papel higiênico. Bandidos de todos os lados. Para onde olhamos, só bandidos.
Traficantes, ladrões, colarinhos brancos, sacolões, mensalões, impunidade, poderes fragilizados e também marginais, mentiras...
Deus deve ter dado uma satisfação aos povos do mundo que resistem a tudo sem natureza, mostrando que vai tirar essa dádiva divina deste Brasil envergonhado, desses homens podres... Podemos ficar, agora também, sem nossa única luz divina que é a natureza do Brasil.
* PAULO ZAVIASKY é jornalista
verpz@terra.com.br
URL Fonte: https://arenapolisnews.com.br/artigo/629/visualizar/
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