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Opinião
Domingo - 16 de Janeiro de 2011 às 11:48
Por: Bruno Peron Loureiro

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A situação conflitante entre Israel e Palestina não tem trégua.

O que se esperava resolver pela negociação bilateral cede às tentações unilaterais de Israel, que continua construindo lares judeus na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

O pulverizado povo palestino acompanha os movimentos de seu líder Mahmoud Abbas, que negocia a formação de um Estado Palestino, contíguo ao de Israel.

A estratégia de Abbas é conquistar apoio internacional contra a resistência de Israel e EUA, dois aliados tradicionais. O líder palestino demanda uma resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que declare ilegais os assentamentos judeus na Cisjordânia.

Israel é a porta de entrada do controle EUAno sobre o Oriente Médio e o país de maior afinidade ideológica na região. Não é à toa que os israelenses incham na região com a mesma indiferença como os anglo-americanos marcharam à costa do Pacífico e logo paparam metade do México.

O chefe israelense Benjamin Netanyahu voltou a mencionar a importância do recurso de negociação para a paz na região do Oriente Médio enquanto vários países sul-americanos declararam que reconheceriam o Estado Palestino assim que fosse criado desde as fronteiras anteriores à Guerra dos Seis Dias, em 1967. Esta configuração inclui Faixa de Gaza, Cisjordânia e Jerusalém Oriental.

Os países seguintes da América do Sul são favoráveis à criação do Estado palestino: Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai, Bolívia, Equador e Venezuela. Há resistência a este reconhecimento de Chile e Colômbia. Os governos tidos por mais progressistas, deste modo, tendem a conceder maior apoio ao minguante mas valente povo árabe palestino.

O Brasil, em seu turno, mostrou-se favorável em dezembro de 2010 a receber uma Embaixada Palestina e indicou o terreno onde ela se estabeleceria em Brasília. O ex-presidente tupinica Lula esteve em Israel e Palestina em março de 2010, enquanto o líder palestino Mahmoud Abbas esteve no Brasil em 2005 e 2009.

A decisão de Lula e a chancelaria tupinica causa desconforto entre alguns representantes de países pujantes na comunidade internacional. Alegam que o Brasil não tem cacife para meter-se no conflito histórico do Oriente Médio, mas se esquecem de que o país e a América Latina estão cada vez mais ativos em discussões de porte mundial. Ademais, deixar estes temas nas mãos dos grandes provou-se trágico.

Pouco se acredita em que um grupo seleto de países porá término às animosidades intermitentes entre árabes e israelenses, daí a necessidade de intervenção diplomática de outros países.

Da América Latina sairá não só a matéria-prima para as decadentes indústrias de países mais ricos mas também ideias e propostas para a paz mundial, que até hoje só ouvimos de vigaristas.

Atribuem o nome de "negociação de paz" à tomada de territórios dos palestinos aos israelenses. O desenho dos mapas desde o início oficial dos conflitos até hoje denuncia quem se tem beneficiado da situação aparentemente sob controle, mas cujas diferenças se marcam pela construção de muros.

É duro imaginar que ainda se disputem terras como nos velhos tempos em que não se levavam litígios a cortes internacionais. Desta privação da natureza se livraram os fazendeiros no Brasil. Melhor que isso, comemoram que o povo aqui não se importa de aglomerar nas cidades enquanto concentram o solo fértil.

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