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Opinião
Terça - 27 de Agosto de 2013 às 16:24
Por: Gabriel Novis Neves

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 Acompanhei a evolução e o desfecho de duas situações em que a preferência sexual foi alvo de atenção. Os dois casos, um masculino e outro feminino, tiveram finais distintos.
 
A discriminação, para o caso masculino, foi de uma reprovação surpreendentemente agressiva.
 
O impasse, intolerável, permaneceu por mais de quatro anos, após o que, os ditos moralistas intelectualizados encontraram um jeitinho humilhante de resolver a situação.
 
Essa lamentável ocorrência não aconteceu na seita do pastor deputado federal - comandante supremo dos bons costumes e guerreiro implacável contra a união de pessoas do mesmo sexo.
 
O desfecho, para o caso masculino, foi uma indignidade praticada a uma pessoa do bem.
 
Entretanto, os mesmos integrantes do colegiado da hipocrisia de alto nível educacional, cultural e social, não viram nada que pudesse ser recriminado no outro caso de opção sexual, onde os figurantes eram do sexo feminino.
 
A arte de julgar continua a ser um exercício de saúde mental.
 
A melhor vacina contra a prática desse mal, que é praticar o preconceito contra seres humanos pelos motivos os mais variáveis, sejam de raça, cor da pele, religião, econômico, religioso, sexual e outros, é o treinamento da autocrítica.
 
Quando o Papa Francisco afirma que não condena a união entre pessoas do mesmo sexo, e sim, o desamor, o ódio, o mau caráter, o egoísmo, o consumismo desenfreado, a impunidade contra atos contra a humanidade, a corrupção e as guerras sempre com fins comerciais, fica difícil entender certas posições irracionais.
 
É a velha utilização de dois pesos e duas medidas para o mesmo problema, se é que isso possa ser considerado um problema.
 
Para amar o próximo precisamos de muita renúncia e compreensão, independente do sexo das pessoas.
 
Escravidão não é apenas possuir o escravo para realizar os serviços braçais do seu proprietário, mas também, impingir a qualquer pessoa toda forma de submissão que fere os direitos da pessoa.
 
Condenar instintos e emoções é uma forma de barbaridade medieval.
 
Vamos rever os nossos conceitos e pavimentar a estrada rumo à felicidade?
 
Difícil, pois o problema é cultural e data dos primórdios da nossa civilização, onde as relações homoafetivas femininas sempre foram aceitas.
 
Como diz Einstein: “é mais fácil quebrar um átomo, que um preconceito”.
 
Fim de papo.


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