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Opinião
Quarta - 28 de Agosto de 2013 às 16:31
Por: Arilson da Silva

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  Mais do que uma data de comemoração, o dia dos bancários comemorado no dia 28 de agosto, é marcado por um dia de luta. A própria data teve origem em razão de uma grande mobilização em São Paulo por salário e emprego digno. Hoje, ao avaliar a caminhada da categoria, muitos avanços conquistamos, mas não com facilidades, e sim com muitos desafios. Nossa bandeira por segurança nas agências persiste até hoje, ou alguém duvida que ainda existe banco que não instala portas giratórias nas agências ou se nega em instalar biombos (barreiras entre os caixas) e câmera de segurança dentro e fora da agência?
 
Ainda hoje há trabalhadores que exercem suas atividades nos bancos com medo de ser mandado embora do dia para noite simplesmente pelo fato dos banqueiros alimentarem a ganância. As metas abusivas e o assédio moral assolam a realidade da categoria, enquanto bilhões são comemorados pelo sistema financeiro. Sem falar na possibilidade da aprovação do Projeto de Lei da Terceirização, PL 4330, que tramita na Câmara Federal que precariza o trabalho e retrocede as leis trabalhistas.
 
Demissões em massa ainda é uma triste realidade. O estudo, elaborado com base nos dados do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, apontou que os bancos privados fecharam 5.800 postos de trabalho nos primeiros sete meses de 2013, andando na contramão da economia brasileira, que gerou 907.214 novos empregos de janeiro a julho. Ou seja, mesmo com lucratividades e resultados positivos, os profissionais são vítimas da instabilidade profissional.
 
Mas muitos podem dizer: “E daí, o que tenho a ver com isso?”. Quando o trabalhador vai ao banco e fica mais de uma hora na fila para o atendimento, talvez ele não pense que a culpa é da ganância do banco por ter demitido bancários, reduzido o número de empregados, o que reflete na demora no atendimento e na sobrecarga de trabalho para o bancário.
 
O dia do bancário vem justamente com esta proposta de reflexão e fortalecimento da luta. É a data para avaliarmos a realidade dos trabalhadores e ampliarmos a atuação da categoria através do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB-MT) e também da minha atuação parlamentar na Câmara de Cuiabá. Um exemplo disso é o projeto de lei aprovado na Câmara em julho e de minha autoria, sobre segurança bancária. O benefício é para todos, bancários, clientes e toda população.
 
O sindicalismo cidadão junto com a atuação parlamentar reforçam a defesa por melhores condições de trabalho, emprego digno, respeito e valorização. Parabenizo toda categoria dos bancários pela atuação na sociedade e por contribuir para o desenvolvimento do nosso país. A luta dos bancários é a luta de todos/as, por isso, vamos manter nossa atuação por melhorias. Viva a classe trabalhadora, viva os bancários e bancárias!



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