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Opinião
Segunda - 18 de Abril de 2011 às 10:25
Por: Marco Pucci

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Os parasitas vivem à custa da exploração. Aproveitar uma tragédia para interesses próprios é um prato cheio para os parasitas. Eles estão prontos para atacar, sugar e viver de forma a tirar vantagem de qualquer evento que possa ser usado para alimentar seu modo de existir.

A tragédia de Realengo está infectada por todo tipo de parasitas. Os envolvidos diretamente nesse trágico acontecimento tornam-se duplamente vítimas, do ocorrido e dos parasitas que sabem de forma excepcional tirar vantagem do sofrimento alheio.

Voltamos à baila do desarmamento. A quem interessa o desarmamento? Quais os verdadeiros propósitos dessa insistente cruzada? Não há dentro desse cenário nenhum movimento sério para desarmar bandidos e impedir o contrabando de armas. Os apenados em progressão de pena ou livramento condicional ou após cumprir pena, continuariam, - como continuam, - se arranjando com empregos de segurança durante os períodos de vacas magras. Boa parte dos seguranças armados tem um péssimo perfil psicológico para usar armas, e dispõem de antecedentes criminais, qualquer jornalista policial tem a oportunidade de saber disso.

Quanto à nova blitz de agora, se deve a que o poder público não quer encarar sua culpa no episódio dessa escola: a reforma psiquiátrica, que abandona os doentes mentais sem tratamento e sem internação, mesmo que estejam em surto paranóico; e a negligência quanto à segurança das escolas, que deixam entrar todo o mundo e qualquer um, sem identificar-se. Não podemos esquecer que a escola não foi invadida e que a arma que o assassino usou foi adquirida clandestinamente.

Essa lei do desarmamento serve a qual senhor? Que tipo de negócios e comissões transita nesse emaranhado nebuloso? Será que não protege jagunços de fazendas e narcotraficantes que continuam usando suas armas livremente? Autodefesa não é um direito inalienável e constitucional do cidadão? Ou não é mais?

Antes de desarmar o cidadão comum há muita coisa a ser realizada para que esse cidadão possa acreditar que poderá sair de casa em segurança, seria o mínimo esperado.

Haverá indenização para as famílias da tragédia de Realengo. Estranho, pois com tudo que acontece diariamente e principalmente no Rio de Janeiro, o porquê dessa atitude generosa apenas nesse episódio?

É evidente que a principal arma usada para matar brasileiros é o veículo automotor. E já sabemos que não há exame psicológico do condutor (como foi confessado após o atropelamento doloso dos ciclistas em Porto Alegre), apenas o teste de suas habilidades mecânicas. São 50 mil pessoas por ano mortas dessa forma e não temos nem policiamento rodoviário digno, apesar dos impostos que o cidadão normal é obrigado a dar de presente para os parasitas. Há muito que se fazer antes desse desespero para desarmar a população.

 

Marco Pucci é numerólogo.

E-mail: marco.pucci@uol.com.br
 



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