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Opinião
Quinta - 12 de Maio de 2011 às 14:00
Por: Gabriel Novis Neves

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Eufóricos em deixar os governos estaduais por melhores alojamentos na frondosa árvore do poder, os governadores tiveram uma incrível idéia: encher o ego do então super presidente.

Após oito anos de muitas viagens proveitosas para os fabricantes de peças de reposição para aviões, ele estava aborrecido.

De carona no, “esse é o cara,” venderam-LHE a idéia de fechar com chave de ouro esse período de prosperidade para todo brasileiro, com dois eventos mundiais.

ELE pensou em convidar o Papa para visitar as capitais do Brasil e o ABC paulista.
Os governadores explicaram a ELE que a FIFA atual é mais poderosa que o Vaticano, e apresentaram a idéia de brigar para sediar a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

ELE pediu mais um gole de água mineral, e ponderou que nós não tínhamos infra-estrutura para eventos dessa grandiosidade, muito menos dinheiro.

Conhecedor profissional deste país, logo citou a falta de aeroportos como o gargalo principal, pois o governo teria que investir muitos recursos em um curto espaço de tempo.

Os governadores disseram-lhe que tinham estudado o assunto e bastaria ELE conseguir da FIFA a elevação de oito para doze sub-sedes. Os governos estaduais estavam com o seu caixa redondinho, e muito dinheiro guardado.

ELE passaria para a história universal como o Presidente dos dois maiores eventos da FIFA. Melhor do que o Nobel da Paz ( pelo seu trabalho no desarmamento nuclear do Irã e final da guerra entre judeus e palestinos).

Já que não conseguiu um lugar para o Brasil no Conselho de Segurança Mundial, topou a idéia dos jogos e assinou, com o aval dos governadores, todos os contratos com a poderosa multinacional FIFA.

Essa turminha da farra dos jogos não é mais poder e a OUTRA, que assumiu o cargo majoritário, não vê como entrar numa loucura dessas.

Com forte formação acadêmica e experiência em gestão macro, a Presidente solicitou um estudo ao IPEA, que é o seu principal órgão de assessoramento.

Os resultados desse estudo de grande credibilidade todos conhecem, embora no nosso Estado tenham sofrido uma campanha de desmoralização.

Só para citar um exemplo: as nossas dificuldades, que eram apenas paroquiais - graças à credibilidade do IPEA -, são citadas na revista Veja como a cidade que destruiu o seu estádio (35anos) com capacidade de 45 mil torcedores para construir um elefante branco orçado, por enquanto, em 1 bilhão de reais - com a implantação do terceiro turno de trabalhadores e troca do teto da Arena Pantanal.

Dinheiro federal para essa extravagância não virá. O Estado não tem mais autorização para contrair empréstimos. Empresários colocando dinheiro na obra? Impossível! Essa gente não é de rasgar dinheiro.

Outro efeito IPEA que está na mídia nacional é sobre nosso aeroporto. Ficou combinado com o OUTRO que a sua ampliação, reforma e promoção para internacional, seria bancada com recursos federais.

O internacional de hoje é nome fantasia e serve apenas para os aviões de pequeno porte que geralmente chegam e retornam para San Mathias, um grande pólo industrial do país vizinho.

A grande mídia diz que o nosso aeroporto estará pronto para a Copa da Rússia em 2018.

Com todas essas dificuldades, especialmente falta de projetos para as obras da mobilidade urbana, e dinheiro, em boa hora o nosso governador e o novo “presidente-presidencialista” da Agecopa, foram até à Agência do Banco do Brasil em Londres negociar empréstimos para essas obras, pois as Agências do BB no Brasil não estão autorizadas a fazer qualquer tipo de empréstimo ao nosso Estado.

Diante de todas essas dificuldades, seria bom se a nossa presidente seguisse a sugestão do jornalista Roberto Pompeu de Toledo, e desistisse da Copa agora, devido à insegurança produzida pela morte do Bin Laden.

Os OUTROS saíram do surto delirante, e vivem reclamando da falta de assistência médica especializada naquele momento da paranóia.
 


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