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Opinião
Terça - 12 de Julho de 2011 às 11:56
Por: Eldes Ivan de Souza

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Hoje, terça-feira (12/7), é aguardado o depoimento do diretor-geral do Dnit, Luiz Antonio Pagot, que caiu por suspeitas de superfaturamento de obras, assim como todo o comando do PR na pasta , conforme notícias amplamente divulgadas pela imprensa nacional .

É bom que o Pagot, realmente, fale o que tem para falar .

Correram notícias de que o homem bomba, agora, seria ele. No caso do mensalão, foi o deputado federal Roberto Jefferson quem denunciou o esquema. Agora, a vez seria de Pagot .

Mas, em entrevista a O Globo (10/7), o senador Blairo Maggi nega, dizendo que Pagot irá ao Senado simplesmente mostrar como funciona as estruturas do Dnit . No fundo, ele vai dizer que apenas obedecia ordens .

Isso mesmo : “eu só executo obras” , teria ele dito à reportagem da Folha de SP (8/7) . Disse mais : “cumprimos; não inventamos orçamento. O Dnit não faz política pública, é um executor de obras e prestador de serviços em algumas áreas”, disse ele .

Mas, foi dito, também , que ele ( Pagot) foi escalado para defender publicamente o PR, e mostrar que o PT mandava tanto no órgão como o PR .

Tudo isso, contudo, acabou passando uma imagem de que ele (Pagot) iria detonar uma bomba no Congresso que, por conta das intensidades de suas revelações, poderia ser um tiro no coração do Governo, como chegou a comentar Lúcia Hippolito em seu comentário de 2ª feira (11/07), na CBN .

Mas, Maggi voltou a afirmar : Pagot não irá ao Congresso para fazer confusão. Ele vai explicar como são decididas as obras. A decisão não é do Dnit, é do Ministério. É política , disse ele, desta feita, à Folha de SP, de 11/07 (2ª feira).

Assim, Blairo Maggi, que é padrinho político de Pagot, busca tirar do episódio do depoimento a pecha de ataque ofensivo ao Governo, como se pretendesse, com suas declarações, tirar o Planalto do estado apreensivo em que ora vive por conta de tais acontecimentos.

O Governo, em verdade, pelo que se percebe, vive momentos de preocupações; está receoso e cismado .

Mas, Pagot ficou silencioso. Está certo, o lugar para falar será no Congresso Nacional. Todavia, tenha cuidado Pagot, não vai lá que você encontre um daqueles bueiros que explode, como lá do Rio de Janeiro .

É, deixa o Blairo Maggi falar. Ele, em verdade, está tão chateado com esse caso, quanto o próprio Pagot . Será que foi uma fatalidade ou foi um caso pensado, ou que pensaram no lugar do Pagot ?

Eu, cá pensativo com meus botões fico, no meu cantinho, assim refletindo : esse episódio de quem quer livrar-se das acusações, grosso modo, é igual aquela situação de quem colocou uma porção de farinha em frente ao ventilador. Com o vento forte, a farinha se esparramou por todos os cantos, e, à essa altura dos acontecimentos, por mais que você queira juntar a farinha esparramada, você nunca mais vai conseguir. É que ela foi esparramada longe demais .

Mas, entre o bem e o mal , que triunfe o bem !

Eldes Ivan de Souza- eldes@terra.com.br


 



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