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Opinião
Sexta - 15 de Julho de 2011 às 18:26
Por: Marcelo Ferraz

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Não é fácil resistir aos apelos do consumo, ainda mais quando a diversidade de produtos, antes restrita a lojas de departamento, está ao alcance dos olhos e das mãos em supermercados, lojas de móveis e eletrodomésticos, entre outros pontos de venda. Fatores de atração como inovações em tecnologia, novo design ou a moda para diferentes estações munem o comércio de estilos e novidades multifuncionais, revelando necessidades que precisam ser satisfeitas.   
Manter o padrão de consumo, negligenciando as facilidades da vida moderna não deixa de ser uma opção, mas pode causar uma impressão de pessoa desatualizada, implicar em perda de tempo e de conforto na hora de realizar tarefas domésticas ou dificuldades no campo profissional.

Preparado para eventualidades
O consumo não é um mal, pelo contrário. Se para a economia comprar estimula o crescimento e o emprego, para nós faz bem ao ego, supre carências importantes e pode, inclusive, trazer retorno financeiro. Contudo, é preciso saber dosar as despesas.
Desde o começo de 2011, o aumento da inadimplência não dá trégua e só não é pior porque os níveis de renda e emprego têm crescido. Isso mostra a falta de hábito do brasileiro de planejar o orçamento doméstico e também o descuido na hora de reservar recursos como medida de precaução para imprevistos.
Para não entrar no vermelho é importante saber administrar as despesas, consumindo sem exageros. Todos nós estamos sujeitos a situações inesperadas, como a perda do emprego ou um problema de saúde na família. Daí a importância de poupar parte da renda e não comprometê-la por completo.

Para não perder o sono 

Para evitar aborrecimentos na hora de pagar as contas e usufruir, com prazer, das novidades adquiridas, é importante tomar alguns cuidados. Para manter o nome limpo e ter crédito sempre, vale seguir à regra alguns bons procedimentos:
Planejar gastos: para não ter surpresas desagradáveis e não se endividar além do que os recursos permitem, é importante poupar cerca de 10% do orçamento como precaução para alguma eventualidade e utilizar o crédito de forma racional. 
Eleger prioridades: enumerando os bens desejados por ordem de prioridade fica mais fácil identificar o que está dentro do orçamento e quais compras podem ser adiadas.     
Avaliar o melhor momento: valer-se de promoções ou de mudanças de estação é uma boa alternativa para economizar na compra de um produto.
Não consumir por impulso: para manter um nível de endividamento aceitável é importante pesquisar preços antes de efetuar a compra dos objetos de consumo desejados.
Organização: é preciso para manter o equilíbrio entre renda e despesas. Havendo familiaridade com o uso de computadores, uma planilha de Excel pode ser útil para tabular dados e confrontar receita e despesas. Do contrário, vale recorrer ao lápis e papel para anotar onde pode ser feito economia, receitas extras, previsão de gastos.
Negociar a dívida: no caso de um descuido, o melhor momento é agora. Esperar a cobrança vencer e as parcelas se acumularem pode desfavorecer uma negociação mais vantajosa e implicar em custos adicionais para limpar o nome.

*Marcelo Ferraz, especialista em finanças, é diretor da Credipar

 



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