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Opinião
Sexta - 27 de Setembro de 2013 às 22:43
Por: Onofre Ribeiro

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Há alguns dias assisti a um encontro com alguns empresários e pessoas da sociedade cuiabana, no escritório de O Boticário, em Cuiabá, sobre a utilização da planta “Ibogaína”, também conhecida como “Iboga”, de uso ancestral entre culturas africanas, tanto para efeito iniciático quanto para uso medicinal. Trago o assunto este espaço pela importância do uso da ibogaína em tratamentos contra o uso de drogas como álcool, cigarro, cocaína, heroína, morfina, crack e outras substâncias capazes de provocar dependência química.

Quem fez a palestra foi Sonia Mazetto, conhecida personalidade de Cuiabá, fonoaudióloga e psicopedagoga. Ela vem estudando a planta e suas propriedades medicinais no trato das dependências químicas causadas por drogas, e construiu importantes pontes com especialistas do Brasil, de outros países e da região de Camarões, país situado na costa Oeste da África, onde pretende passar quatro meses estudando, registrando em vídeo e aprendendo a cultura milenar do uso da “iboga” nas suas possibilidades terapêuticas amplas. De volta, Sonia pretende dedicar-se às terapias da “iboga” no tratamento de dependências químicas.

Os resultados de tratamentos feitos no mundo com a “iboga” revelam cura de até 80%, contra pouco mais de 25% nas terapias convencionais, sujeitas ainda, a recaídas. A planta tem princípios ativos que se alojam no fígado e são liberadas gradualmente ao longo de tempo, interrompendo os fluxos cerebrais que alimentam a dependência.

O motivo da palestra citada, é o esforço de Sonia Mazetto, minha amiga de mais de 15 anos, pessoa de absoluta credibilidade, para obter apoio ao custeio dos US$ 45 mil necessários para desenvolver o projeto em Camarões e completar o treinamento e preparo para uso terapêutico posterior da “iboga” em Cuiabá no tratamento de dependências químicas. Por esse motivo, também, trago o assunto a este artigo, na expectativa de que ela possa ser apoiada, uma vez que a epidemia das drogas se espalhou na sociedade mundial e, particularmente, em Mato Grosso atinge desde vilas, vilarejos, acampamentos de sem-terra, cidades e a capital em larga escala, independente da classe social.

 



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