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Opinião
Sexta - 25 de Outubro de 2013 às 07:31
Por: Gabriel Novis Neves

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 A rigor, o grande perdedor do leilão para extração de petróleo no Campo de Libra, foi quem leiloou a prenda, no caso, o governo brasileiro.
 
Leilão demanda vários competidores, o que não aconteceu.
 
 
 
Num total inicial de quarenta interessados, caiu nos últimos dias para onze, sendo que apenas nos últimos segundos, um único consórcio formado por cinco empresas, conseguiu fechar o contrato.
 
 
 
A nosso favor, a entrada de duas empresas privadas internacionais, a anglo holandesa Shell e a francesa Total, ambas com farta experiência no campo tecnológico, com participação de vinte por cento cada.
 
 
 
A Petrobrás com dez por cento além dos trinta por cento acordados e as duas estatais chinesas, apenas com dez por cento cada, eminentemente entrando apenas com capital, já que são inexperientes em tecnologia nessa área.
 
 
 
Todas se beneficiaram com a taxa mínima de lucro para o nosso país de 41.65%, deduzidos todos os custos. O ágio esperado, não aconteceu.
 
 
 
Enfim, as companhias estrangeiras arriscaram um investimento mínimo em função da grandiosidade da operação.
 
 
 
Aqui, os tigres do nosso grande cassino, em poucas horas, realizaram lucro de 5% nas ações o que deve ter proporcionado uma boa leva de novas grandes fortunas.
 
 
 
Notícia nada promissora que a real extração desse petróleo, poderá levar de cinco a quinze anos, dependendo das condições geológicas encontradas.
 
Sim, porque estamos falando de uma provável extração de petróleo a sete mil metros de profundidade, após uma extensa camada de pré- sal. Segundo estudos, tubos coletores estarão a uma temperatura de 150 graus Celsius.
 
 
 
Enquanto isso nossos amigos do primeiro mundo investem em combustíveis de extração mais barata tais como o xisto, o gás natural, a energia eólica e a energia solar.
 
O gás natural, de fácil e barata extração, boom nos Estados Unidos, apresenta como única desvantagem, a contaminação ambiental, coisa que no mundo atual, continua de absoluta falta de relevância.
 
 
 
Triste mesmo foi a comemoração televisiva dos representantes brasileiros que mostravam uma mímica decepcionante, apesar do discurso otimista que tentavam passar.
 
 
 
Fim de uma era ufanista em que nos orgulhávamos de que “o petróleo era nosso”.



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