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Opinião
Sexta - 04 de Novembro de 2011 às 09:12
Por: Wilson Carlos Fuá

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Em nossas vidas existem várias surpresas, prestes a nos alegrar ou nos entristecer.  Muitos acreditam que existem surpresas especificamente para elas,  que estão prestes a serem  realizadas,  a ponto de transformar os seus salários em cartões de loterias. Cada um de nós  temos a nossa frente um sonho, que na realidade,  é apenas um sonho, mas que podemos com ações objetivas transformar em algo que nos motive a viver melhor.  Para mudarmos nossas vidas basta acreditarmos em nosso potencial de criatividade, todos temos capacidade intelectual para produzirmos mudanças positivas e significativas em nossas vidas.

Quantas pessoas ficam a imaginar um mundo perfeito, com ações justas, pessoas íntegras, imaginam que nesse seu mundinho  tudo é a própria perfeição, é tudo que ela deseja, mas isso não existe, isso é exatamente um sonho. A perfeição é um prêmio a ser conquistado e para isso temos que ter forças para romper os percalços que muitas vezes formam impedimentos para as nossas lutas. A perfeição é um ideal, uma meta em forma de  buscas que pode ser alcançada ou não, é um ponto de chegada, é o que dá sentido a luta da vida. 

Mas vindo para a realidade das filas de ônibus, dos hospitais sem leitos, das contas estouradas, da corrupção em todos os níveis, são realidades duras e que levam muitos a buscar Gurus, Videntes e Cartomantes, esquecem que  viver num mundo sem surpresas é o que  nos propõe a olharmos as nossas ações periféricas e entender os mistérios da vida.       

Por outro lado, muitos acreditam que o grande barato da vida são as “surpresinhas”, são elas que   nos pregam os acontecimentos agradáveis ou desagradáveis, e delas  tiramos algumas  coisas úteis. Algumas pessoas pensam que vida perfeita seria monótona. E a monotonia abre a possibilidade de impor-nos uma  vida escravizada  de rotina e dominada pelo tédio.

E quem gosta de tédio? 

Na verdade o ser humano gosta de emoções fortes, se temos que chorar que choremos,  ou temos que  sorrir, que sejamos condenados a viver de alegrias e dar gargalhadas até a barriga doer.

O que seria de nós sem os problemas cotidianos para resolver? Sem ter que nos preocuparmos com o futuro dos filhos, conseguir um emprego bom,  e segurar  o casamento como se fosse possível. A paixão precisa estar presente nos momentos de paz e nos momentos de intensos acontecimentos. Viver é saber equilibrar o que é possível e saber a hora certa de acionar o nosso descomplicado sistema de vida. Mas tem algumas pessoas que sentem a necessidade latente de povoar seus momentos com seus bichos ferozes  que estão por todos os  lado e depois ficam sem saída.  Mas a melhor escolha é sempre procurar as coisas boas que a vida oferece gratuitamente e por outro lado buscar ser um aluno da vida, aprendendo sempre para saber enfrentar as coisas ruins.

As pessoas esquecem que não existe felicidade plena na sua pequena existência. Muitas ficam a correr atrás de coisas materiais perecíveis, muitas pessoas acreditam que o seu corpo é um cárcere, e são prisioneiros de si mesmos, e pensam que as suas ações durante toda a sua existência, nunca terão a liberdade básica para buscar a verdadeira felicidade.

Durante a vida ocorrem  transformações com o nosso consentimento ou sem ele, com o nosso querer ou não querer. Quando somos pequenos, queremos ser adultos. Quando somos adultos gostaríamos de ser crianças para fugir das pesadas responsabilidades. A insatisfação humana é permanente; sempre precisamos de desculpas. A perfeição é buscada:  algumas vezes alcançadas e outras vezes desprezadas.

O importante é saber que a grande maioria dos miseráveis, não são os pobres desafortunados, mas os verdadeiros pobres são aquelas pessoas que vivem sem fé, que estão doentes em estados terminais, membros de famílias constituídas de pais pedófilos e criminosos, filhos viciados e desajustados, e principalmente os que fazem parte da massa de desempregados, com certeza esses são os verdadeiros miseráveis e prefeririam esse mundo “perfeito”, mas eles demoram a perceber que esse mundo nunca  existiu.

Nesse momento muitos estão por aí, estão por aqui   em busca de surpresas. Eles estão a procura da porta com a inscrição SURPRESA. 

E ao achar a Porta das Surpresas, será o momento com ação do imponderável tomando conta de um pobre coração,  e ao entrar nessa  Porta, passa a ser um Ser  Obcecado,  pensa que é a última ação que ainda motiva a sua vida, mas logo depois de passar vários labirintos e depois de muitos esforços e passar  por uma escuridão, finalmente  chega ao túnel   negro e sai exatamente no mundo em que ele sempre viveu e  está vivendo agora. 

Na verdade o mundo real é este em que vivemos e não adianta fazermos projeções fantasiosas. Devemos sim lapidar a pedra bruta que somos nós mesmos, nos tornando cada vez mais um cidadão livre e de bons costumes, procurando nos livrar da cobiça, da ganância e combatendo incessantemente a maldade que existe ao nosso redor, que você não precise ser vitimado em assalto, para lutar contra a violência e propor soluções que minimize o sofrimento das famílias cuiabanas e mato-grossenses.  

Quantas famílias já sentiram e sofreram com a morte de seus parentes?
Só quem já passou pela experiência de sentir a dor física da bala e a dor do amor ferido com a partida de uma pessoa querida, sabe avaliar a real situação em que vivemos;  

Que você não seja um canceroso e ou doente em estado terminal para entender que a saúde em Mato Grosso e no país é a pior do mundo. Será que os políticos após serem vítimas e só diante da mão de Deus e de muita reflexão entenderão o sofrimento do povo? Quem sabe um dia vocês políticos, entenderão a dor e o sofrimento do povo, quem sabe um dia poderão ser transformado em políticos do bem. “Fazer o bem sem olhar a quem” 

Viver é não surpreender-se, mas emocionar-se sempre com as conquistas e experiências éticas durante a  nossa existência.

Economista Wilson Carlos Fuá –  É  Especialista em Administração Financeira  e  Recursos Humanos
 Fale com o Autor: fuacba@hotmail.com         
 



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