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Opinião
Sábado - 21 de Abril de 2012 às 12:01
Por: Paulo Zaviasky

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É gravíssima a situação da “febre Dengue” em Cuiabá. Mais grave ainda é a situação da população que vive momentos de horror onde jornalistas internacionais fotografam situações piores do que na Etiópia.

Não sei qual é a pior situação em Cuiabá, hoje destruída pelo caos do silêncio: os corruptores, corruptos, impunidades ou a mágica da Dengue que, hoje, hipnoticamente é denominada “virose” apenas. Sem a culpa dos médicos!

Explico! Fotos correm o mundo com nosso povo maltrapilho, desesperado, jogado no chão de hospitais de Várzea Grande e Cuiabá pelo desespero em ver a morte de perto, pois muitos já viram como fica a pessoa com a dengue hemorrágica. É uma cena dantesca e de terror.

Agora, vem o mais importante: escondem esse fato do povo! Não acredito que um médico competente, ao ver um ser humano sangrando pelos poros, ouvidos, olhos, nariz, garganta, com febre alta, dores, falta de ar, plaquetas do sangue quase zero, pontadas de dores no fundo dos olhos, bolhas pelo corpo idênticas ao sarampo amigo de antigamente, diga sempre que se trata de uma “simples virose”... Reparem, tudo hoje é “virose”. Morreu de desastre de carro? Foi “virose”!

Repito, sem culpa dos médicos que devem ter recebido, como alguns jornalistas, uma orientação séria para não alarmar a população, pregar a paz, a concórdia, e chamar câncer de gripe virótica.

Assisti a muitos filmes de terror e ficção científica onde os governantes sempre escondem a verdade do povo, aguardando um milagre de Deus ou até que as coisas se acabem por si. De meteoros, cometas, explosões nucleares até epidemias de testes laboratoriais falhos com vírus letais.

Está acontecendo em Cuiabá hoje, ao vivo e a cores. Temos uma grave epidemia de dengue sem que alguém se dignasse até agora ao planejamento racional que deveriam fazer e que não fizeram. Só brigas e confusões políticas.

Não gosto de sensacionalismo e nem de covardia. Falar ou não falar a verdade? Eis a questão! Algumas autoridades se preocuparam até hoje em raspar os cofres públicos para morrerem ricos com esse caos na saúde. Antes, era o caos na segurança. Agora, é morte mesmo!

É claro que há quem prefira o silêncio dos inocentes. Acham que morrer sem saber é muito melhor e mais tranquilo.

Um povo inteiro sabe que as autoridades estão com os olhos voltados para os mensalões, sanguessugas, empreiteiros, bandidos, corruptos e corruptores, impunidades, construtores, firmas ligadas às cataratas, quedas d’água, cachoeiras, PAC, PEC, vendas de bens públicos, cassação de meninos que gostam de travessuras no Quilômetro Zero... Como todos os meninos aventureiros de nossa turma de antigamente...

Apenas nesse passado recente, lá no lendário “Bar Colorido”, a única e maravilhosa zona do baixo meretrício em Cuiabá, de tantas saudades pela cultura, beleza, seriedade, honestidade de suas ‘evas’ eternas noturnas.

Mas, hoje, nem a Justiça, nem o Ministério Público, nem a PF e muito menos as forças vivas de Cuiabá e as “organizações” que defendem a mulher e, principalmente, a tal de “lei maria da penha” que ficou minúscula de vergonha pela incapacidade de ser exercida totalmente no caso de algum diabético, doente, alcoólatra, com febre da Dengue fazer até pior.

Todo mundo estabanado. É um deus-nos-acuda, salve-se quem puder, balaio de gatos, cada um por si e seja lá o que Deus quiser.

E os corruptores que a presidente Dilma corajosamente, patrioticamente e com ímpeto de cidadania determinou uma caçada sem tréguas cujo seu próximo Ibope será de cem por cento, estão todos em Cuiabá, comprando apenas esta cidade inteira e tudo daqui, de seus aliados desta Terceira Grande Guerra Química e Biológica de Personalidade e que são os corruptos do silêncio, aqueles que acham pejorativos esses blablablás de todo mundo.

Enquanto reina esse silêncio aqui na Oca e na Taba Bororo, o amontoado de nossos irmãos que jazem nos corredores do terror nesta epidemia pelo qual passamos hoje da vergonha mundial perdem a Fé e a vida.

Isso, realmente, nenhum político blá-blá-blá nos prometeu.



* PAULO ZAVIASKY é jornalista

verpz@terra.com.br 


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