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Opinião
Quinta - 10 de Maio de 2012 às 09:30
Por: Onofre Ribeiro

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No último fim de semana tive a oportunidade de participar como moderador das mesas de discussão no I Fórum de Sustentabilidade – Amazônia mato-grossense social, econômica e ambientalmente legal, em Sinop, 500 quilômetros ao norte de Cuiabá. Foram dois dias de mesas redondas discutindo as vertentes ambiental, econômica e social.

A oportunidade do fórum é enorme, considerando que Sinop, além de polo regional, é a principal cidade no eixo da rodovia Cuiabá-Santarém e representa a divisão dos biomas cerrado e amazônia. Preciso dizer que a região nasceu a partir de um projeto de colonização nos anos 70, na esteira da ocupação da amazônia, e a primeira atividade econômica foi a de base florestal, em bases muito rudimentares. O preço foi cobrado posteriormente em operações policiais sucessivas, penalizando o setor da madeira. Se, de um lado foi muito ruim para toda a região e para os setores econômicos, de outro foi didático ao ponto de ser ter um fórum de sustentabilidade de altíssimo nível em 2012.

O Fórum de Sustentabilidade discutiu limpa e claramente todas as contradições das questões ambientais e perspectivas futuras em Sinop e na região do Médio Norte e do Norte de Mato Grosso. Entidades representativas como o Conselho de Desenvolvimento do Norte de MT – Codenorte, Cipem, Sindicato das Indústrias Madeireiras, Embrapa, Unemat, Sesi, Senai, UFMT, entre outros 20 apoiadores, deram uma ampla margem de abordagem às discussões.

Foram palestrantes o ex-ministro da Agricultura, Alysson Paulinelli, a ex-senadora Serys Slhessarenko, Eduardo Assad, da Embrapa, Ricardo Arioli, da Aprosoja, Sergio Margulis, do Ministério do Meio Ambiente, Seneri Paludo, da Famato, Jorge Abrahão, do Ipea, Aumeri Bampi,vice-prefeito de Sinop, e nas mesas regionais, José Eduardo Pinto, do Sindusmad, Alvaro Leite, do Cipem e Valtemir Goldmeies da Federação Nacional de Prefeitos.

Do fórum sairá a Carta de Sinop contendo as apreciações sobre o que se discutiu e sobre os cenários futuros das atividades econômicas na região e as intenções locais para a avaliação constante dos indicadores de sustentabilidade.

Conclusivamente, o I Fórum de Sustentabilidade começa colocar nos eixos todos os aprendizados da região ao longo desses anos desde a década de 70, considera a nova onda mundial pela sustentabilidade e acena com percepções futuristas de que é possível desenvolver a economia na Amazônia e conciliar com a preservação, mediante tecnologias novas e as práticas de sustentáveis que o mundo e o mercado desejam.

 

Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso

onofreribeiro@terra.com.br

 
 



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